quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Por vezes, gostaria de ter uma bola de cristal

para espiar o meu futuro

tem dias que corro para o tarô

outros dias para o I Ching


Mas logo percebo que não tem como

saber de algo sem dar o primeiro passo

sendo que este pode nos levar

para lugares que nem desconfiamos


Mesmo assim, olho meu mapa astral

mesmo não o entendendo, mas na esperança dele entrar por Osmose

então aos zoodiacos no céu ou no papel

mas nada ne adianta se primeiramente

não me aproprio de mim

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Seria a ultima do ano??

Ontem, foi meu aniversário. Como de costume, passei em casa, de forma tranquila, mesmo porque, não estou bebendo bebidas alcoolicas. Devido a São Silvestre :).
Mas o que eu vim escrever aqui não foi isso.
Semana passada, participei de um acampamento. Ajudei a coordenar as atividades das crianças. Apesar de não lembrar direito quais são as atividades seguintes, de alguma forma eu sabia o que aconteceria no momento seguinte.
Infelizmente, choveu bastante, as crianças começaram a ficar impaciente pois não tinha lugar fisico para gastar a energia deles.
Percebi que nessa idade, podemos fazer acordos com eles, além entender o sentido, eles cumprem com o acordo, desde que você também cumpra com o seu.
Foi importante esse acampamento, percebi muitas coisas que antes não percebia em mim, o que é engraçado :)
Realmente trabalhar com criança é legal... estava na minha cabeça agora, que é mais traquilo, mas a tranquilidade não é por ser criança, mas em suma, criança "saudavel". Aparentemente não tenha nenhuma questão psiquica mais pesada. Apesar de ter duas crianças bem dificeis. Uma com um retardo avançado e outra que não consegui diagnosticar. Elas me ensinaram muito, e percebi que era mais ou menos isso que eu buscava quando disse que queria viver antes de voltar a estudar. Realmente, a prática não deve se encaixar na teoria, e a teoria pode deixar espaço em branco para que a individualidade possa aparecer.
O diagnostico nesse momento é importante para poder pensar em como atuar, pois não se atua de igual com uma criança "normal" e da "especial".
Vou ficar por aqui, depois escrevo mais sobre...

o natal está chegando!!!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Droga, estou me desensibilizando

É incrivel como as coisas vividas vão fazer algum sentido após algum tempo de distanciamento; Não que o que reflita seja a verdade, mas é como me pega nesse momento, depois de tudo que ocorreu.

De alguma forma, somente agora estou digerindo algumas questões que estavam me incomodando durante o trabalho com os dependentes quimicos.

Muitos deles falavam que acreditavam em energia boa e energia ruim. Nenhum deles relacionou a droga com energia ruim, mas que usavam quando estavam (contaminados por energia ruim). Um deles me contou que usava com os amigos e assim se sentia bem. Questionei sobre como era ficar COM as pessoas. Respondeu que era normal, não tinha problema quanto a isso. Então perguntei como era quando ele estava sobrio. A pergunta ficou no ar.

A cada reação do corpo, seja ela: dor, prazer, desconforto, conforto, é uma resposta de como o mundo age em nós e como reagimos a ele.

Nesse fins de semana fui a uma balada, coisa que não fazia há tempos. Ambiente legal e conhecido, pessoas legais e conhecidas e desconhecidas também. A diversão era o motim para ter ido para lá, coisa que consegui fazer. Como de costume fiquei sobrio, mas com uma outra presença, foi totalmente estranho olhar para o ambiente dessa forma.

Percebi as pessoas bebendo e bebendo, até este momento nada de novo. Estava curtindo a banda quando alguns seres chegaram e literalmente me empurraram para outro lugar, obvio que fiquei com raiva, e isso acontece bastante, pois no fundo, o respeito, as pessoas deixa em casa. Enfim, continuei prestando atenção na banda, de forma descontraida, quando chegou um momento que me ouvido começou a doer. Tive que improvisar e colocar um pedaço de papel no ouvido para proteger e nesse momento perdi um tanto da minha audição.

Bem, cheguei a esse ponto, para dizer que se eu tivesse bebido bastante, muito provavelmente, não teria percebido essa dor e prejudicaria a minha audição, não hoje, mas no amanhã. Assim como aconteceu há 11 anos atrás com a minha voz, hoje, tenho que cuidar dela mais do que talvez precisasse se não tivesse ultrapassado o meu limite.

O que ficou dos meus 18 anos foi que perdi a voz e sem ela, deixei de falar muitas coisas, me anestesiei perante ao mundo e passei a observar e tentar a cada dia estar mais em contato com o outro. Muitas vezes, o outro não está pronto para esse contato, seja ele consumidor de drogas, remedios, compras, downloads, seriados, jogos etc etc... sempre me questiono o que fazer?

Ter a paciencia de um terapeuta? Ou de um oriental? Ou mesmo, não ter.

Minha resposta?? Não tenho... vou trilhando e achando onde posso ir, onde posso chegar... Para isso, preciso estar mais sensivel as coisas, estar mais presente em meus limites. Não depender de coisas para me sentir mais alegre, mas estar mais alegre independente do que se tem.

Precisei me desensibilizar de mim para poder me olhar de outra maneira, me sensibilizar novamente, para chegar a uma conclusão que é minha, que outros podem questionar com todo o direito, mas todas as vezes, que me entorpeço, seja com chocolate, compras e até cerveja, Estou desligando a chave da presença mais sincera, e disfarço o meu eu, fujo para um monte que tb não consigo criar, apenas consumir para diminuir as tensões, fugindo de mim mesmo, mas quando vou para a imaginação ativa e criativa estou cada vez mais proximo de mim e isso me deixa mais sensivel... e a grande questão que fica é: e o que eu faço com isso (sensibilidade)? A resposta que tenho hoje é: deixe fluir, por mais assustador que seja, deixe fluir como a água, pois ninguém consegue contê-la.


boa semana


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Confiar ou Confinar

Duas palavras. Por distração, as duas palavras se transformam na mesma.
Estou com elas, há duas semanas, desde o encerramento de um grupo terapeutico. Não foram esses termos que apareceu no grupo, mas o sentido foi esse.

Quantas vezes, confundimos confiar, confinar, depositar e se jogar? Uma pessoa me disse: "Cara, eu depositei toda a minha confiança naquela pessoa". Normalmente é o que fazemos, pegamos nossa confiança e depositamos no outro, como se o outro fosse um banco e pudesse guardá-lo para todo o sempre.
Como principio penso que, o outro não é deposito, apesar de terem muitas pessoas que se fazem de, e sofrem por esse motivo, seja, espiritual, energético ou fisico.

A partir do momento que depositamos em alguém, tiramos nossa responsabilidade (o nosso responder por nós mesmo) e deixamos para que o outro se vire com isso. Muitas vezes, para um futuro, podermos nos abster de nossa dor.

Confiar - no dicionário encontro assim: con.fi.ar
(lat confidere) vti e vint 1 Acreditar, ter fé. vtd 2 Incumbir, encarregar.

Mas gostaria de colocar outra parte, uma parte que nos faz responder ao outro sem nos tirar da relação.
Dentro da palavra, vejo outras duas : Con-fiar. FIAR COM.

O trabalho de fiar um fio, é um trabalho delicado, ele não pode ser feito as pressas e nem com muita calma, pois se for feito as pressas, o fio arrebenta e será necessário recomeçar o trabalho. Caso seja muito lento, o fio embola e novamente será necessário recomeçar o trabalho. FIAR COM exige um trabalho harmonico, sendo que um rode a roda e o outro puxe o fio, se estiver desarmonico, não importa quanto estas pessoas sejam perfeitas, o fio sairá ruim.

Para isso, é preciso estar em contato com o outro a todo o momento, como numa dança ou numa banda de musica. Não basta jogar no outro e sair pulando de alegria, dizendo ao mundo: "Vejam como eu sou bom, depositei minha confiança em quem (não) merecia" tirando a parte que lhe cabe.

Quando se faz isso; quando depositamos, confinamos nós mesmo na outra pessoa e confinamos a outra pessoa em nós. Nos prendemos. Uma vez que, reduzimos a nos mesmo, quando não carregamos a nossa parte da relação. Nos reduzimos ao ponto de jogarmos a culpa no outro também, já que "investimos" na relação e a moeda foi o deposito de confiança.

Um deposito e não uma construção.
Na construção, delegamos e deixamos que o outro entre na nossa vida de forma mais equilibrada.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

De volta ao passado

Hoje, comecei a reaver as ligações, as identificações que tenho em relação ao meu pai. Isso trouxe outras questões que de alguma maneira eu tinha enterrado.
Tenho que falar de um dos maiores icones do meu tempo. Kurt Cobain. Faz anos que ele faleceu, mas ainda lembro como se fosse ontem o primeiro cd que eu comprei deles, ainda desconhecido "BLEACH". As musicas entravam em meus ouvidos e fazia muito sentido apesar de não entender as letras. Seguido da musica "Smell like teen spirit" e "Drain you" era o extase das musicas.
Nesse momento, já conseguia entender um pouco melhor as letras, também estava acontecendo o inicio da internet, esperar dar a linha e finalmente entrar e esperar um ano para conseguir abri o browser do altavista.
Não tenho como não dizer que a musica "smell like teen spirit" falava de certa forma de mim, Kurt era um icone, na época era como heroi, aquele que conseguia falar tudo o que eu queria e não conseguia. A raiva contida em suas musicas, a angustia adolescente, a agressividade colocada para fora, preenchia um tipo de vazio.
Depois de um tempo, comecei a perceber que tinha muitas coisas que eu me identificava com.
Do outro lado, tinha outras bandas também importantes, assim como Guns n Roses, Pearl Jam, Skid Row etc.
Nesse momento, foco em Nirvana.
Até que um dia, estava passeando com minha familia no Shopping Eldorado, meu irmão virou para mim e disse: Cara, Cobain se matou...
Ali, muita coisa mudou, ainda com 13-14 anos de idade, não conseguia compreender. Meu icone, meu heroi, meu idolo, havia desistido... não chorei, nem lamentei, na real, eu não conseguia compreender aquilo, parecia uma piada de mau gosto. Desde então deixei o Nirvana de lado, e hoje, resolvi voltar a escutar os cds... Saudades dos tempos idos... a maldição de Cobain?? Heroina. Nome curioso, pois de heroico não tinha nada.

Desse momento, comecei a achar tudo uma merda, que o que ele escrevia não tinha mais nada comigo, porém ainda tem, e isso faz sentido agora. Mesmo as minhas musicas tem muita influência deles.

O que eu posso dizer antes de finalizar é que eu me encontro com o que ele diz... de alguma maneira.


Boa semana

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Pizza, Norah Jones e Macarrão

Esse foi o meu feriado...

Preparar a massa da pizza, é como preparar-se para as novas coisas, sem saber muito no que vai dar, amassar e misturar a farinha, ovo e leite, com um pouco de fermento. A reação quimica faz com que ela cresça e propicie o alimento... A massa que foi receiada e dividida por todos.

Norah Jones, show tumultuado, muitas pessoas que estavam lá, estavam para estragar, pois não tinham ideia de quem era Norah Jones. Com gritos de toca Raul e pessoas falando ao mesmo tempo que ela cantava. Ainda bem que ela não escutava, pois sentiria desrespeitada.
Com seu trejeito nova Iorquino, timida, ela fez um belo show de Jazz, nada mais do que o esperado que ela fizesse. Porém os tecnicos de som, deixaram a desejar, com falhas nas caixas. Entendo o porque que as pessoas pagam uma nota para assistir tais shows, uma vez que, nele grande parte realmente gosta do tipo de som e não vai por necessidade de fazer media com alguem;

Macarrão, depois de muito tempo, consegui fazê-lo, depois de quebrar 6 ovos e misturar com mais ou menos meio quilo de farinha. Precisei fazer bastante força, até minha mãe lembrar que meu avo pisava na massa. Great!! coloquei dentro de um saco e embrulhei com um pano em volta e comecei a pisar e pisar, pisar... totalmente diferente da massa de pizza.
Depois abri a massa, abri, abri, abri... pr fim cortei e colocaram para ferver.

Apesar do branco da mente, pude fazer bastante coisa, mexendo o corpo de outras maneira, mas agora acabei de voltar da corrida... apenas 4 km, terei que começar tudo novamente... mas o que está acontecendo que não estou conseguindo... só me resta um de meus versos... "não adianta correr de um coração partido.... com um coração partido", mas do que?

Tenho a semana para pensar :)

fico por aqui

ups faltou a vela que nós fizemos...


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Em Branco

Esse é o momento de minha vida:
Não que as coisas estejam passando em branco, muito pelo contrário, acredito que estou muito mais na vida que antes.
Porém minha mente está em branco... não tenho nada para desenhar, não consigo mais escrever ou compor musica.
Inicialmente pensei, que bom, pelo menos tenho paz das minhas proprias questões, porém as questões continuaram e continuam, porém a criatividade está travada.
Depois pensei: bom, acho que estou no caminho, pois os budistas dizem para limpar a cabeça, porém, não vem as respostas; os analistas diriam que seria uma defesa muito grande com relação ao assunto em questão e isso me assusta de uma certa maneira.
Não parando por ai, penso que de alguma maneira, tenho me esvaziado de muitas coisas, que estavam presas em algum lugar, isso também limpa para ter outras questões e respostas, outras maneiras de se comportar, outras possibilidades. Estamos acostumados a nos manter no terreno seguro...

A questão que está relacionada neste momento, é uma parte do que se manifesta, sendo que a solidão é o vazio, o branco. Momento, propicio tambem para pintar algo novo e criar em cima desta nova tela branca que se criou e abrindo novas possibilidades...

Estar em branco é a possibilidade também de olhar para dentro de outra maneira e para o mundo, apesar do assustador branco da mente.


domingo, 7 de novembro de 2010

Fluir.. fluindo...

Algo novo está começando a se manifestar dentro de mim, algo que ainda não compreendo e tudo o que não compreendo me assusta... seria o medo do novo? Já que o velho ano está acabando?
Coisas vem pelo corpo, como: dificuldade de correr novamente, vontade de chorar, peito apertado, falta de ar, dificuldade de respiração... tudo isso soa tristeza, mas do que? Num momento, aparentemente bom novamente, com alguns projetos, com a dança, com a psico, com o video, comigo...

No sabado, eu queria sair para dançar, ir a um barzinho com banda e dançar, esquecer o mundo, tampar o sons do corpo com o som alto da banda. Estar comigo e com a musica.
De alguma forma, consegui dançar, no proprio sabado, dancei bastante, para ser mais exato das 10:30 às 16... foi formidável, treinei todos os passos da coreografia do Street. Cheguei em casa e desmaiei, fantástico! É algo que sinto falta da época que estive em Londres, lá eu saia, pelo menos, uma vez por semana, para dançar e não pagava nada para isso.

Hoje, pensei em ir ao Parque do Ibirapuera, mas acabei não saindo do ponto de onibus. Fiquei uma hora esperando e nada do Onibus, fiquei realmente puto, decidi então ficar no parque perto de casa mesmo. A ideia era ir a Bienal, mas não foi possivel. Tirei um cochilo dentro do parque, rodeado de árvores, junto do isolamento do som da rua movimentada.
Tentei meditar, mas não estou conseguindo no momento, mas foi relaxante, e extremamente dificil de voltar para casa, devido ao barulho, movimento, cores e odores.

O mal estar ainda me acompanha, não sei muito bem o que fazer, por hora, estou deixando ele seguir seu rumo. Uma hora o sentido aparece e assim, poderei seguir em frente novamente.

bom inicio de semana.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

sem-sura

Dormi mal essa noite, fiquei acordado até tarde. Inicialmente achei que fosse questão do trabalho, e de certa forma era.
Há algum tempo, uma questão vem me prendendo a atenção, poucas pessoas estão falando sobre: CENSURA.
O jornal "Estadão" está sob censura, mas não é apenas essas censura que me incomoda. O que significa a censura? Se não um cala a boca, mas fica a questão: quem critica o governo?
Outra maneira mais sutil é o patrocinio, quem não precisa de um patrocinio das empresas Estatais como a Petrobras? O Correio? Sei que a "Abril" consegue de alguma maneira se manter sem esse patrocinio, já reparou que faz um tempo que as revista da editora abril não tem propaganda das empresas estatais? Isso foi colocado por um amigo que trabalha dentro da empresa, algo que eu também não tinha percebido.
Realmente espero que isso pare, pois o diagnostico futuro recente é uma ditadura não dita, mas rigida o suficiente para impedir o desenvolvimento de cada um.
O motivo pelo qual digo que tem uma ligação entre o trabalho, é que todos os pacientes, censuram o que sentem e tentam engoli-los, porém os mesmos se rebelam por outros meios.
Uma musica me fica soando em minha mente: "pai afasta de mim esse calece pai"

Espero que essa minha percepção esteja equivocada, mas a censura está ai, os jornais ditos alternativos, são aqueles apoiados pelo atual governo, então poderá criticar no sentido parcial a forma de como os governantes estão atuando?
Sou demo-crata e censura é algo que me incomoda, que não vejo sentido algum, sempre terá uma oposição, e ela é importante para o equilibrio, saber que eu não tenho a verdade absoluta é ser humilde e saber que o outro também não tem. É reconhecer que escutar, refletir e incorporar se faz necessário e que nem todos os "intelectuais" fazem... muitas vezes, compram as ideias ou incorporadas por admiração (sendo pela ideologia, quanto por icones - falsos idolos).

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O corpo que incorporal nossas vivencias, o corpo que muitas vezes, desmente a mente, mas o que fazer quando o corpo sente e não conseguimos conter o sentimento?...
Uns dizem para esquecer, outros dizem para sentir, outros dizem para fazer outra coisa corporal que passa.
A cada momento que o sentir vem sem sentido e se mostra cru perante ao meu ser, mostra também o lado "delicado" de meu ser, que muitas vezes, subjulgamos-o. Colocando-o de lado, com a des-culpa (para tirar a culpa) de que o que eu sinto é tolo e pequeno sendo assim, não valendo a pena sentir.

A dor que sentimos, por vezes, vem de um lugar que não sabemos definir muito bem, e por esse motivo que desejamos acabar com ele imediatamente.
Infelizmente isso não acontece, felizmente temos o tempo para sentir, mas que tempo é esse??

Finados está chegando, tempo de voltar os olhares para os antepassados e venerá-los, mas e quando ainda não aceitamos a morte deles?? O que fazer?
Isso não se dá apenas nesses momentos, mas em tudo na vida. Quando tempo demorrei para enterrar o aluno PUC e jogador disso e daquilo, para essa nova fase? Quantos não vivem isso e acreditam que não devem olhar para isso, pq doi?... me doi... e vejo que ainda doi, mas é uma outra dor.

Isso me vem depois de voltar do trabalho e refletir o que eu vivi lá e o que eu vivo aqui...


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Muitas coisas estão ocorrendo ao mesmo tempo.
Não sei muito bem o que escrever, mas vamos lá.

Ontem, houve o show de Joss Stone. Não fui, por falta de dinheiro e até disponibilidade de energia, mas creio que tenha sido muito bom. Outro dia, estava vendo, um video que ela falava sobre ação humanitária. De alguma forma o video acabou me pegando novamente, de alguma forma, estou indo para um lado que não este....
Penso e me desculpo: TODOS precisam de dinheiro.
Um fato, creio que se eu tivesse dinheiro, provavelmente estaria fazendo algo humanitário no sentido de não se importar o quanto ganhe. Com um pouco mais de reflexão, de alguma maneira isso ocorre, pensando que estou começando a ir numa clinica de dependente quimicos e não tenho um retorno financeiro ainda... mas ainda não é isso...
Por vezes, me sinto fugindo de mim mesmo, como se fosse perigoso, chegar perto deste meu lado...
Outra crise, é sobre as drogas, nunca usei, mas tenho amigos que usam. Isto nunca foi problema, tinha a convicção de que eles eram donos do proprio nariz, apesar de ter consciencia das questões que estão envolvidas num unico ato de uso.
Entrando em contato com muitas pessoas, percebo que muitas delas, antes "normais", por algum motivo, elas deixaram de estar como antes e atuar de maneira estranha, para não falar psicotica. Entendo que nós funcionamos normalmente com uma membrana, e de alguma forma esta membrana pode ser rompida, seja por ações do mundo sobre nós, seja pelo uso de drogas. Não importando qual seja.... e isso me assustou...
Este fato deixou de estar longe e veio para perto. Agora estou a pensar no que fazer... não sei... Creio que tenha amigo(a)s que já tiveram suas membranas rompidas... um estranhamento me veio assim, que cruzei os olhos com elas.. porém na época não compreendia o que estava acontecendo... hoje desconfio.. agora se alguém me perguntar se tem volta? Temo em voltar a pergunta, tem como ser virgem novamente?
Um limite fragil, mas perigoso. Algumas pessoas não tem problemas mas outras tem... antes, pensava na luta contra o cigarro, devido ao cancer do fumante e meu... mas começo a entender o pq da proibição das drogas, de alguma maneira percebeu-se que as pessoas deixam de ser elas e restringem seu mundo, tornando assim, um sofredor psiquico...

voltando um pouco para o inicio. Por algum motivo ainda não encontrei meu caminho, mas venho aprendendo muito. O que farei com isso no futuro?? Não sei, mas percebo que não posso mais ficar parado... Tem pessoas que conseguem ajudar de um jeito facil, outras para ajudar precisam penar e outros dizem que querem, mas nada e por fim, aqueles que realmente não querem...

bom, ficarei por aqui..

sábado, 25 de setembro de 2010

Viver no tempo-espaço que pertence.

A ultima vez que escrevi fora há muito tempo. Tenho que adimitir que gosto de reler o que eu escrevi e ver a influencia do momento na minha escrita, seja interna ou externa.
Acabei de corrigir um texto velho.
Voltar aos textos antigos, significa reconhecer o que se passava naquele momento e não somente voltar a velhos conceitos.
Muitas vezes, significa o reconhecimento das mudanças, que não percebemos no tempo continnum. São eles que denunciam estas mudanças, mostrando antigos preceitos ou momentos de velhas angustias. Claro que tem escritos ou parte deles, que continuam, atuais.

Mudando um pouco de assunto, nesta sexta feira, aconteceu algo muito estranho, que me marcou e estou refletindo sobre os acontecimentos, digerindo a forma como acabou me afetando.
Estava no meu trampo, isto é algo novo, da ultima vez que escrevi aqui, não estava trabalhando. Quando no site do uol saiu que o R. T. havia falecido. Estava na ilha de edição fazendo um dos programas para ele. Fiquei realmente mal, tive vontade de chorar, fui chorar apenas depois. Logo depois saiu no site da folha on-line. Por fim, descobrimos que a noticia não era real.
O estrago interno já havia ocorrido. Voltei ao trabalho, mas totalmente em outra sintonia.

Questiono, Como alguém pode fazer isso? Juro, a internet têm muitas coisas boas, mas as pessoas podem acabar com alguém, pode até "matar" e não saber... me senti escutando radio nos anos 50, quando o radialista dizia que a Terra estava sendo invadida por extra terrestres.

Fiquei pensando nessas ações. Não tenho respostas para mais nada, quanto mais eu vivo, menos consigo compreender as atitudes, acho que esse é o motivo pelo qual as pessoas se mantém alienadas. Compreender, demanda tempo, energia e espaço, e num mundo movido pelo imediatismo, a compreensão fica para segundo plano. Não se tem mais energia para isso, e isso percebo em meu trabalho.
No inicio eu tentava compreender o que o outro estava falando, para efetuar o meu trabalho da melhor maneira, mas chegou um ponto que esse processo não acontecia mais. Comunicação interrompida, maus entendidos abertos, alienação.
O tempo para ontem... o tempo que não se tem... o tempo que não existe... é justamente nele que acostumamos a viver... alienamos.



quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Depressão ou depreciação dos sentimentos 3

Muito mais fácil calar do que escutar, já faziam os grandes ditadores mundiais.
Dar remédio e calar o sofrimento também é mais fácil, pois assim não se precisa escutar o que está errado na atuação de cada um. A doença é o passo para a cura, enquanto a doença está calada, não tem como a curar chegar.

Devido esta dificuldade de escutar, questiono se é depressão ou depreciação do sentimento.
Uma vez que, a cultural ocidental provém das valorizações gregas, ou seja, a RAZÃO.
Sendo esta muito mais valorizada, sendo a emoção um obstaculo nos momentos de tomada de decisões. Na escolha é necessaria a relação entre a razão e a emoção, caso contrario, a escolha pode ser tornar doença.
Negar o sentimento é negar a si mesmo, não somente um parte, mas o todo.
É não incorporal suas qualidades e desqualidades,
é não se aceitar.

E aqui fica novamente

Depressão ou depreciação dos sentimentos?

boa semana

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Depressão ou depreciação dos sentimentos 2

Falava das camadas, sendo elas muito parecidas com a psique humana.
Algumas pessoas conseguem se apropria destas camadas de forma harmonica, outras nem tanto.
Imagens como Grand Canyon pode ser representção das pessoas que não se apropriam direito de suas camadas, tendo um grande desnível entre a parte mais baixa da parte mais alto. Sendo que por vezes, tem se tem como saber onde está o rio que correr entre as fendas sem nos debruçarmos nos penhascos.
Outra imagem seria um vale cheio de vegetação e com um rio correndo nele. Isso não quer dizer que não tenha problemas ou questões. Em ambos os casos, as estações climáticas continuam interferindo neles. Também, um terreno pode se transformar no outro, dependendo como cada um cuida dele.
No Grand Canyon, o vento gela o corpo, secando o terreno, tornando-o semi deserto ou deserto. O rio correr muito abaixo, escondido, impedindo de fertilizar as terras aridas dos topos. Não seria assim que as pessoas sentem na tristeza, tudo gelido, seco, a água se esvaia e fica tudo vazio? Não tem como se livrar da tristeza somente esquecendo-a. Olhar para esse terreno é o primeiro passo para entendê-lo, é trazer o rio para mais perto das partes áridas, podendo assim fertilizá-lo e dar vida a esse terreno.
Porém, não é facil dar vida as coisas, não é fácil olhar para esse terreno, nem sempre conseguimos fazer isso sozinho.
Por isso que muitas pessoas procuram os remédios para ajudar, porém essa ajuda, muitas vezes se transformam em muletas para toda a vida. Ser a mesma coisa se eu construi-se um muro no Grand Canyon, colocasse irrigação artificial, adubo e produtos quimicos. As plantas cresceriam, mas logo morreriam, não por falta de cuidado, aliás a energia colocada é muito grande, porém, não está em equilibrio.
Isso não ocorre simplesmente para quem procura a ajuda, mas para que oferece a ajuda, é dificil olhar para a dor do outro, pois ela pode ser a mesma que a tua e isso é caro para quem não está preparado.

continua

boa semana

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Depressão ou depreciação dos sentimentos 1

Há tempos, que tento fazer algo com esse título. Ele me aparece com uma clareza impar, mas ao mesmo, ele é totalmente obscuro para escrever.
Na verdade, apesar de não ter a interrogação, o titulo é um questionamento, que surgiu enquanto eu mesmo vivia dentro de uma escuridão. Inicialmente pensei em fazer um documentário sobre, com questões para diferentes profissionais de diversas áreas. Neste momento, não deu certo, tive que dar um passo para trás e esperar, isso não significa que não o farei.

A palavra depressão provem da palavra "pressão" com o sufixo "de". Muito usado na geografia para denominar região que sofreram muita pressão.

"Depressões são formas de relevo que apresentam altitudes mais baixas do que as áreas ao redor. Geralmente apresentam superfícies planas, por conta do desgaste sofrido por causa da ação do [vento] e d'agua (intemperismo)." Wikipedia

Aqueles que se encontram nestes lugares sofrem mais pressão atmosférica do que aqueles que estão mais no alto. Importante lembrar que as pessoas que mudam de um lugar mais baixo para outro mais alto, eles sofrem alterações corporais que pode influenciar em seu comportamento.
Aqueles que vem de cima para baixo, exemplo, moram nos Andes e descem para São Paulo, eles têm mais folego que os próprios paulistas para subir os Andes novamente, pois em sua estrutura corporal eles tem mais hemoglobina. Isto se dá, por viverem num ambiente rarefeito, indo para um lugar que tem pouco ar para outro com muito ar, sendo assim, podendo respirar o mesmo que o outro e ter mais folego. Aqueles que sobem ou invés de descer, tem maior dificuldade, pois eles precisam acostumar o corpo com o pouco ar, ou seja, se cansam rápido, tendo vertigens e falta de ar.
O que é muito semelhante a psique, aqueles que levam tombos, porém estavam lá em cima, conseguindo respirar bem, tem maiores chances de subir novamente e mais rapidamente que outros. Isso não significa que ele sempre subirá, numa dessas ele pode ficar lá embaixo por tempo demais e não conseguir achar o caminho e energia para subir por si só.
Todos os dias vemos pessoas se afundando e não sabemos muito como fazer para fazê-la subir de novo, por mais que tentamos, muitas vezes, apenas as afastamos do nosso convivio por não suportar, o não poder fazer nada.

continua
boa semana

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Apego

Engraçado o titulo, pois acabamos por nos apegar a ele.
Tenho pensado muito sobre esse assunto, estou tentando escrever um conto sobre ele. Ainda está no começo, mas aos poucos vai saindo o escrito. Aqui queria refletir de outra maneira.

A imagem que me vem é o desapego

substantivo masculino
1 qualidade ou estado de pessoa desapegada, que revela desamor por alguém (ou grupo de pessoas); despego
2 qualidade ou estado de quem demonstra indiferença, desinteresse, desprendimento, pelas coisas ou por certa coisa em particular; despego


Fico pensando nas teorias de desapego. Faz muito sentido, quando se fala que devemos deixar de estar apegado a alguma coisa, para que outra coisa entre no lugar. Mas pela definição acima, desapego é quando não se gosta mais... porém fico pensando que talvez a palavra não seja realmente desapego no sentido colocado pelo dicionário, tem-se que lidar com o vivido e deixá-lo no passado como um lembrança, sendo ela boa ou ruim, sendo ela lembrança.
Quantos sentimentos que nos mantém inteiros e que na verdade precisamos nos desfazer deles para continuar seguir em frente. No sentido de que eles nos mantem parados, melhor, sem movimento, assim estagnado na vida... puts, comecei a viajar novamente...

Pensamentos, sentimentos, situações, pessoas... tudo isso é passivel de se apegar, mas como saber o momento certo para se desapegar de cada um?

Uma coisa importante para se pensar é que a palavra apego provém do verbo pegar que tem seu significado de segurar, prender.

Com isso, é importante pensar, quem prende quem?
Deixo a pergunta no ar....

Boa semana

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Mudança

Oras, quantas mudanças o homem pode suportar, sem se desorientar?

Pequenas mudanças movem o mundo, mas não são apenas e simplesmente pequenas, mas necessárias.
Fazia tempo que mudava meu quarto de lugar, colocava as camas assim, assado, tirava o som, colocava-o de volta, porém, a insatisfação ainda continuava.... mudanças, minha vida também não mudava... oras, mas como fazer realmente mudar??
Primeiramente, refleti sobre as minhas premissas, percebendo que elas me travavam e justificava a minha não mudança, pois não era bem isso que eu queria mudar... obvio que gostaria de mudar a vida, com isso meu quarto, porém estava além disso.
Então decidi mudar de quarto, passei meia semana arrumando-o, pintando e limpando... e finalmente mudando para lá mesmo cheirando a pó e tinta

Vazio... era o que eu sentia, um sentimento que há muito não vinha, estranhamente esvaziado... e muito provavel deixei um espaço vazio também... Senti um espaço interno para que coisas novas possam vir, e que eu estava cheio, agora vazio... ufaaaa...
Vazio, que de alguma forma me acompanha... ufaaa

mudanças, que são seguidas de mudanças... e assim, tento me apropriar de mim, mas sempre tem alguma coisa diferente, sempre tem uma transfomação... mudanças, tanto pedi que veio e agora o que fazer com ela?
Mudanças aceito porque ela me deixará mais tranquilo no amanha que está por vir
e aqui paro

boa semana

terça-feira, 13 de julho de 2010

Horizonte


Qual é o meu horizonte?

Neste fim de semana que passou, pude vivênciar algo que já havia vivido, mas não tinha sentido desta maneira.
Fazia tempo que, eu não saia de São Paulo, além do mais, em direção as montanhas.
Faz mais de ano que estou vivendo na selva de pedra, mais de ano, que não consigo olhar para além de meu próximo passo.
Curioso isso, seria ele cotidiano ou um patologia psiquica, ou algo natural?
Na verdade, de um cotidiano que: a perspectiva não pode ir além da esquina, além do próximo prédio, sendo isso que conseguimos ver.

Estava esquecendo de falar outra coisa... No fins de semana anterior, eu corri 10 km, na cidade de São Paulo vencendo cada centimetro, completando a prova, e deixando alguns pesos para trás com apenas um objetivo. Terminar a prova, e provar para mim mesmo que eu consigo. Não havia horizonte para admirar, mas placas e sinalizações, ruas e pontes, ladeiras e retas, no frio de 3 de julho.
Fiquei satisfeito com o resultado, porém não tinha me tocado que não tinha horizonte, somente um objetivo; voltando para o relato desse fins de semana que se passou.

Estava em Monte Verde com pessoas queridas. Lá fiz duas trilhas, uma no primeiro dia e outra no ultimo.
Acompanhado por uma pessoa muito cara, subimos a pedra Chapeu do Padre, que tem um grau de dificuldade emocionante e a recompensa. A vista.
Olhando para a mesma, veio a mente. Nossa! o que tem atrás daquela última montanha? Quanto tempo eu gastaria para chegar lá?
Rodeado, todos os lados que eu olhasse tinha horizonte. Um arrepio me subiu a coluna, e a imensidão me veio via corpo.
Sentimento de missão comprida, de desafio vencido, assim como na corrida de dez kilometros.

Agora, ficou a pergunta que deixarei aqui...

Qual é o próximo desafio?

Que Horizonte eu quero chegar?

Assim termino por hoje.

Boa semana

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Meio... fim... ou começo de uma saga?

Estava sonado quando atendeu o telefone, a voz que vinha do outro lado da linha parecia distante. Soava diferente. Ele não entendia direito o que estava acontecendo, mas parecia mais um adeus do que uma notificação de boas novas.

Após desligar o telefone, ficou olhando com os olhos embassados para o visor que indicava a última ligação.

Deitou-se novamente e fechou os olhos como se não tivesse acontecido nada. O sono não veio como ele esperava que viesse. A cama não dava o formato do seu corpo como anteriormente. Lembrava cada frase que, a pessoa do outro lado, havia pronunciado.

Ficou olhando para o teto no escuro, fechou os olhos novamente, e tentou respirar, mas nada. Merda, pensava. Levantou-se e foi até a geladeira pegar um leite, misturou com chocolate, assim como em sua infancia. Tomou o leite frio mesmo, deixando o bigode de chocolate.

O sono continuou fugindo de sua mente, andou um pouco para cansar o corpo, mas nada. Resolveu tomar banho quente para amolescer o corpo, mas também não adiantou, sua agitação estava lançada a sorte.

Como assim um adeus, gritou seu cérebro inconformado com a passividade que ele se colocava. Fingira como se não ouvisse. Curioso era o que ele podia sentir, um pequeno mal estar que aumentava a cada segundo, como se estivesse sendo colocado para escanteio. Fato, mas na verdade, ele quem colocara tudo para escanteio antes de qualquer coisa.

As palavras não desciam, algo entalara em sua garganta, tentava pigarrear, mas nada limpava a mesma. Estranha sensação.

Levantou-se de vez, caminho até o armario e colocou uma roupa para caminhada. Fazia frio aquela noite, mas ele precisava liberar a adrenalina que criara depois da noticia.

Era um fim, como ele odiava o fim, eles deixavam-o deprimido, odiava dizer adeus, mas aprenderá a ignorar os chamados da vida, pois assim não precisava dizer Adeus a mais nada. Se assim vivia, naquele momento, ele se questionava o que havia acontecido para que algumas palavras lhe causassem, melhor, lhe afetasse tanto.

Finalmente a vida lhe dera a tão esperada rasteira. Não esperava por nada, assim achava que não sofria, porém quanto mais tempo passava, mais sofrimento ele sentia. Era hora de mudar, gritou o corpo inteiro, mas ele não sabia como.

Caminhou o resto da noite, olhava para o ceu e não sabia se rezava ou se chorava. O céu era iluminado pelas estrelas.

Seus olhos enchiam de lágrimas e escorriam pela lateral.

Que maldita tristeza é essa, meu deus?? Questionou-se pela rua vazia, depois olhou para os lados, para ver se nenhum vizinho tinha acordado com o berro que dera.

Andou durante uma hora, sem saber para onde ir. Até que percebeu onde estava. Em frente a casa da pessoa que ligara para ele. Fitou a casa durante muito tempo.

Enfim, virou as costas e foi embora. Já diria no bom portugues, em boa hora. As horas se iam tarde da noite.

Voltou para a casa, ficou olhando para a fechadura da porta, esperando que ela falasse qualquer resposta que fosse para elucidar sua mente conturbada.

Abriu

Entrou

E fechou

Dentro de casa, subiu para o quarto, ligou o rádio e foi tomar banho. Na radio, escutava levemente a voz do locutor apresentando uma musica, que logo começou, ele escutava de dentro do banho a musica. Era dificil de entender o que o cantor estava dizendo, mas soava para ele como “Stuped boy why don’t you show your feeling”. Quando saiu da banho a musica já havia acabado, nem o nome do artista ele conseguiu pagar para escutar depois. Deitou-se.

A escuridao invadiu sua mente. O sono veio antes que ele pudesse dar três profundas respirações.

Dormiu

Sonho

Ele estava andando num deserto sem fim, mas de alguma forma não sentia sede. Não encontrava ninguém, seguia sempre em frente sem olhar para os lados. Quando de repente, veio uma brisa gélida que fazia-o sentir em seus ossos.Ele se encolhia na cama conforme o sonho seguia, o frio congelava seus pés sempre quentes. O frio das noites do deserto queimava, mesmo assim, continuava a andar sem parar. Continuava não olhando para os lados, seguia sempre em frente, não conseguia virar a cabeça devido ao frio, pelo menos era isso que ele achava. Quando caiu no chão de cansaço, a terra se abriu e ele engolido. Sentia dores por todo o corpo. Sentia o quente de sangue, assim como o seu cheiro. Quando levantou, viu que estava todo ensanguentado, havia caido em cima de muitas roseiras, pensou em gritar, mas não conseguia ver o que estava em volta, levantou e seguiu em frente como sempre.

Chegou num quarto cheio de luz. Continuou andando até encontrar um espelho. Olhou para o que seria seu rosto. Estava todo deformado, todo arranhado e ensanguentado. Pela primeira vez no sonho, ele olhara para baixo, e percebeu quanto seu pescoço estava duro. Virou de um lado, depois para o outro. Nisso, sua visão pode preender muito pouco do que estava a sua volta, pois não conhecia nada além do que estava na sua frente.

Foi, quando olhou para o lado, que começou a chorar, percebera que estava sozinho, só não sabia quanto tempo.

Acordou todo molhado, como de um pulo na cama levantou-se, correu para o banheiro e se trocou.

Enquanto isso, uma frase vinha a sua cabeça, uma frase que lera a muito tempo atras, inicialmente nem o livro conseguia recordar. A imagem da historia foi se formando e sua mente. Milan Kudera era o autor e Insustentável leveza do ser era o titulo.

Sem olhar para o relógio e muito menos teve lembranças de pegar o celular. Correu porta a fora e foi de encontro da única porta que poderia ir, que estava quase se fechando para todo o sempre.

Bate na porta. Esperou um segundo e meio, bateu novamente. Olhava para os lados, ninguém vinha atender, ficou durante muito tempo esperando e nada além do silêncio da porta. Burro, estupido, gritou dentro de sua cabeça. As lágrimas saiam sem controle, estava realmente sozinho, sem ninguém sem nada.

Levantou-se

Virou-se

E foi embora.

A Frase de Kundera continuava ecoando em sua mente.

“O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma multidão inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (esse desejo sdiz respeito a uma só mulher”

Chegou em casa, sentou no sofá e decidiu não ir trabalhar. As lembranças corriam suas lentes.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Heroi

Esta é uma palavra que vem me perseguindo já há algum tempo.
Eu escrevi pouco sobre ela no meu tcc, e deixei por isso mesmo, lá fazia uma distinção entre heroi e ídolo.
Sendo que nossa sociedade não contempla mais os herois mas os ídolos. Ou seja, não se adimira a pessoa pelos feitos, mas pelo o que ela tem, sutilmente pelo o que ela é como imagem.
Um artista famoso, pouco se sabe o trajeto que ele fez até chegar nas suas conquistas, sendo este um otimo ou pessimo artista. Não sei se importa muito saber os percausos, pois assim eles se tornam cada vez mais humanos de dependendo de quem for mais loucos. Obvio que tem as pessoas fanáticas, o que entraria para uma outra questão, normalmente vivem mais a vida do outro do que a própria.
Hoje, a imagem é mais importante que os feitos, ou seja, não importa que a Angelina Jolie faça boas ações como uma boa samaritana, mas é preciso acima de tudo ter as cameras ligadas para mostrar como ela é boa samaritana... mas nisso fica a duvida tenue que tendo mais para o sentido positivo. A ajuda que ela oferece é por vontade propria, ou por reconheciamento.
Assim foi pintada a bela Angelina, mas pouco se sabe o que ela sente ou pensa, não que isso faça alguma diferença, assim como não fez diferença para aqueles que reproduzem as histórias classicas gregas.
O heroi é constituido pelos feitos e não pelos pensamentos. Platão não foi heroi... pensava demais e fazia pouco... Aristóteles também não foi heroi, pois questionava muito. São figuras veneradas ainda nos dias atuais, mesmo não sendo herois, mas seus pensamentos estão presentes, por vezes, de forma mais complexas, mas estão. Ele continuam sendo importantes.
Heitor foi heroi e salvou a vida de muitas pessoas. Hercules também, apesar de nem sempre salvar vidas tenha sido sua sina.
Tinham os pensadores, guerreiros e os Herois, o resto era resto, não tinha história para contar. Não necessáriamente os guerreiros eram heroi, claro que daqueles que sobreviviam e tinham seus nomes gritados pelos ventos se tornavam um... Mas o que é ser heroi hoje em dia?

A ordem dos fatores não alteram o produto

Recordo-me vagamente dessa lei matemática de uma determinada equação que não lembro exato qual seja, mas um exemplo simples, seria: 2x3=3x2.
Parece obvio isso, não!? Quando eu era criança, isso não era nada obvio e lembro de me questionar que isso era um FATO incontestável, assim como, muitas coisas que aprendemos na escola.
Essa é uma das lógicas matemáticas ensinadas. Incontestável! Não se questiona e aprendemos acima de tudo a obedecer essas leis e quem as ensina.
Depois de muito tempo obedecendo, finalmente questionei! Devido ao momento no qual eu estou vivendo, me parecia muito lógico, obvio e Incontestável. Como plano de futuro, como uma estruturação razoável. Não importava a ordem um dia eu chegaria em algum lugar.
Cheguei. Onde? Não sei e de repente me vejo paralisado, meus planos vão por água a baixo de um dia para o outro, nada se mantém. Penso ser super normal, muitas coisas que planejamos não acontecem, e muitas outras coisas que não planejamos acontecem, ou seja, os planos são um sentido e não um final.
Sentido e final.... o que eu poderia dizer mais sobre isso? A ordem era simples fazer uma coisa para fazer a outra, porém, como a ordem não interessava, fixei uma e fui nela. E nela me perdi.
Até que consegui perceber que a ordem estava inversa, talvez mais preciso, não seria a palavra inversa, mas dura, com apenas um sentido. Então melhor será inverter; e tornar-se mais maleável as possibilidades da vida.
Estou no processo de mudança, decidido.
É preciso ir atrás, demanda tempo e energia, mas se assim não for, não será nunca. Essa ordem sim é incontestável.
Não havia percebido como é fácil fechar possibilidades no momento que tornamos a possibilidade dura.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

cto

Ele refletia o que fazia naquela sala fechada. Havia apenas uma janela do seu lado esquerdo, a suas costas se encontrava a porta fechada, para depois da porta, uma recepção não muito grande, que esperar pelo menos 20 minutos, pois chegara antes, como de costume.

À sua frente, uma pessoa que não conhecia. Ficava de frente encarando-o, ele não sabia muito bem o que fazer naquele momento. O silêncio o consumia, mas as palavras não saiam de sua boca. Ela estava ligeiramente seca. Olhava para o lado oposto da janela e via uma estante cheias de livros e se questionava se aquela pessoa a sua frente já lera todos aqueles livros, ou era apenas para impressionar os desligados. A pessoa usa um oculos meio pesado, que dava um ar de estudioso e de mais velho, mas via entre as lentes que não tinha mais de trinta anos.

Essa analise pesou, questionou se poderia confiar o seu segredo para aquela pessoa... mais nova que ele, como ele poderia saber o que estava passando com ele? Essa questão deixava a boca mais seca que nunca. Olhou novamente para a janela e ao lado dela tinha uma cama.

Pensou em se deitar lá, mas ficou com dois pés atrás, apesar de estar muito cansado, haviam noite que não dormia direito.

“sabe”, seguido de reticencias foram as primeiras palavras e que poderiam ser as ultimas se não continuasse. Tivera uma experiencia muito ruim no passado com esses tipos de pessoas. Foi quando aconteceu a primeira vez, a pessoa parecia muito mais velha e experiente. Não foi preciso nem cinco minutos de conversa para ele diagnosticá-lo como louco, pedindo para um amigo dele dar uma olhada nele e em seguida receitando um remedio que o deixava totalmente incoerente, seus movimentos ficavam mais lento, seus pensamentos não seguiam o caos de antigamente. Sentia-se preso ao remédio.

Abandonou o tratamento.

Fez a única coisa de deveria fazer, procurar ajuda, apesar de não estava atrapalhando a vida contidiana, mas tinha medo que as pessoas descobrissem. O que os outros pensariam dele?

Tinha medo do bulling impresarial, apesar de não ter esse rótulos, muitas empresas reproduzem de uma forma aceitada pelas sociedade as humilhações das pessoas para que elas trabalhem mais.

Escutara muitas estorias de pessoas que começam a surtar depois de usar drogas, porém esse nunca fora problema dele. Nunca usara, nunca teve interesse de provar.

Então engoliu o que poderia se chamar de saliva. Seus sentidos estava em alerta.
“então doutor, estou com um problema” fez uma pausa esperando alguma reação daquele ser humano que parecia ler sua alma, baixou a cabeça e continuou. “ Sei que você já disse que não é doutor, mas vim aqui procurando ajuda, então te vejo como doutor”. Olho novamente e finalmente fez um sinal de afirmativo, estava mais relaxado, mas os sentidos estava lhe apontando que poderia vir problema depois, mas continuou mesmo assim.

“Eu vim aqui, por... tenho um amigo que está com um problema muito grande”

“qual seria esse problema ?“ Enfim falou.

“Ele escuta vozes” olhou para ver sua reação. Não conseguiu ver nada além de duvida em seu rosto.

“Na verdade, desde os 15 anos” fez uma pausa para saber até que ponto poderia seguir antes do desastre. “ chegou a tomar remédio, e as vozes continuaram, aumentou-se a quantidade e nada”. Ele parou.

“esse amigo continuou escutando vozes”?

“sim, sempre... mas nunca falou para ninguém”

“Como você sabe disso tudo se ele não contou para ninguém?” Os olhos se esbugalharam e pensou: fui desmascarrado. Suava frio e não sabia direito onde colocar a cara. Queria sair correndo pela porta. Pensou um pouco melhor e fez a melhor coisa que poderia fazer, mudar de assunto.

“sabe, na verdade estou aqui, porque não tenho durmido à noite direito”.

“você consegue ver alguma causa especifica?”

“não, certo que tem a questão do trabalho que me consome até a alma, mas não tenho do que reclamar” continuou a olhar as reações do profissional que tentava desmacarar e quase conseguira, de forma brilhante, ao seu ver. Ficou horas, sessões falando do trabalho e do amigo “doido” como ele intitulava.

Um dia, “o que essas vozes falaram para ele quando tinha 15 anos?”

Ele ficou tentando lembrar, mas de alguma forma ele nao lembrava. Já estava acostumado com a pessoa estranha ficar escutando os problemas dele. Primeiramente faloou que não recordava. Depois continuou falando quando veio em sua mente.

“eu estava lá parado, olhando para uns amigos esmurrando um doido na rua, meus amigos eram todos usuários de drogas, não usavam drogas pesadas, mas usavam drogas, e a voz me veio: o que fez ai parado? Fiquei olhando para todos os lados e nada, não era voz de nenhum amigo meu. Achei que fosse minha imaginação. Ela veio novamente com a mesma pergunta. Eu sai de lá e me distanciei desdes amigos” calou-se percebendo que havia trocado todos os eles por eu. Se amaldiçoava, não tinha como ele perceber e conectar, dai seria o fim. Como nada veio continuou e resolveu continuar com eu e falar que estava reproduzindo como ele escutara e que tinha uma memoria sonora muito boa.

“Teve outras vezes também...”

“você consegue ver alguma conexões entre os casos”

Ele pensou e pensou antes de responder

“ acredito que não tenha nada” Droga ele percebeu, pensou ele. Sou doido mesmo, não importa o que acontecer, não virei mais aqui, este cara sabe demais de mim, e eu não sei nada dele, que merda de relação é essa? Fica ai sentado e me olhando e provavelmente fica pensando um monte de coisas e não fala nada.... de repente para os pensamentos e percebeu que estava se sentindo perceguido por aquela pessoa que estava novamente a sua frente. O que ele poderia fazer?? Com toda a certeza era a ultima vez...

“aconteceu alguma coisa? Parece que você percebeu alguma coisa mas não quer falar”

Filho da Puta....

A boca secou novamente como da primeira vez e ficou pensando o quanto o outro poderia ler sua mente.

“estou sendo perceguido...” falou seco como o deserto. Os olhos do terapeuta se contrairam como se estivesse dando zoom nas máquinas fotográficas, e ajustava o foco para conseguir ver para além daquilo.

“como assim perseguido?”

“perceguido, você não sabe a sensação de ser perceguido? De ter sempre alguém te lendo a alma? De alguém estar sempre escondido, esperando apenas você se distrair para te atacar...” Enfim o silêncio tomou conta do recinto e um mal estar veio junto com tudo aquilo que ele tinha falado e só pensava. Puta merda.

“mas quem está ter perceguindo desta maneira? Como assim, ler a sua alma?” Não sabe o que responder, que raios de pergunta era aquela, ele pensava, mas logo em seguida vinha outra frase: Puta merda. Logo após a pergunta, seus olhos ficaram arregalados. Ele não consegue ler mente? Se questionava.

“você!” apontou “sei que você sabe muito mais do que fala, sei que me acha uma louco de pedra, quem não acharia? Você sempre com esse olhar de questionário, ainda não entendi porque você ainda não me receitou o remedio” O tom era cada vez mais alto.

“mas remédio para que?”

Ele paralisou com aquela pergunta.

“primeiramente não sou apto a te receitar medicamento. Estou aqui te escutando durante todo esse tempo, e ainda não entendi direito o que acontece... você fala de vez enquando de escutar vozes, mas parece que essas vozes sempre te ajudam nas horas de perigo e..”

Parou de falar.

Suava frio, estava muito perto do que ele mais temia, hora de sair correndo temendo o inevitável. Momento de encontrar com ele mesmo.

Finalizando um ciclo

Hoje, não exatamente nesse momento, mas daqui algumas horas, uma pessoa que me foi muito importante nesses ultimos tempos, está indo para Portugal. Foi uma trajetória dificil para ambos nesses ultimos tempo, por fim, terminando de forma satisfatória pelo lado dela :) Uma leve tristeza permaneceu, tristeza essa que perdure um pouco pois é a despedida, o fim de ciclo.

A beleza da vida, é perceber como ela é totalmente inexperada, quando eu menos esperava ou esperava pelo casamento de outra amiga, no caso incomum, voltamos a conversar depois de dois anos de silêncio, inicialmente, foi meio estranho, pois eramos estranhos com questões estranhas e eu mais estranho pois havia mudado bastante, porém caindo num quadro depressivo.

Fomos fortalecendo novamente a amizade, mas o fim chegou, até pensei em não ir na despedida, porém percebi que a fuga não seria a melhor solução, então fui.

Estranho, estranha sensações de felicidade e tristeza ao mesmo tempo, muitas vezes me é medonho, mas só tenho que agradecer por esses momentos, pois neles eu aprendi coisas que não tem substantivos ou adjetivos para nomeá-los.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Deus a discutir

Um belo dia, estavam Kronos e Kairos sentados olhando para o tempo além. Uma discussão se iniciou com uma simples questão: quem dos dois era mais importante?
Kronos teimava a afirmar que era ele, uma vez que os homens contavam seus dias, horas e segundos a partir de seu mundo.
Kairos contemplava seu colega falando sem parar, como se estivesse consumindo-se. Por um tempo ficou calado, olhando para frente e para trás com movimentos relativamente lentos. Seu colega, por um tempo ficou irritado querendo que a conversa se desse logo, porém acostumarasse por conviviu de seculos e milenios que tudo dependia de seu tempo interno, somente quando estivesse com vontade é que ele falaria.
Finalmente afirmou, que ele influenciava mais os seres humanos, pois eles estavam dentro de seu mundo, a partir do momento que eles precisassem pensar e refletir sobre seu problemas, por mais que Kronos chamasse eles para resolver a questão com rapidez, o tempo interno era quem dirigia as mudanças internas de cada um.
Mas Kronos lembrou-o: que era o Deus mais velho, antes de ter os homens ele já estava lá. Kairos respondeu que só poderia estar lá porque era o tempo necessário para seu amadurecimento. Com esse argumento ele continuou sua reflexões... essa questão foi tão debatida que dizem que eles ainda discutem essa questão até os dias de hoje.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Copa

A Copa iniciou e nunca em minha vida estive tão perdido quanto esta, ao fazer o bolão, percebi que eu não conhecia mais os times, nem como jogavam, assim percebi que eu chutaria tudo... hoje iniciou com um empate entre Africa do Sul e México, e França e Uruguai, ouseja errei tudo.. RS..

Céu ou Terra

Um dia um discipulo virou para seu mestre e perguntou:

- mestre, estava pensando, qual é o melhor caminho, o da terra ou o do ar?

O mestre ficou olhando para o ar de curioso do rapaz. Refletiu um pouco...

- preciso de três dias para te dar a resposta, enquanto isso, no primeiro quero que você medite o dia inteiro, no segundo trabalhe o dia inteiro e no terceiro descance.

O discipulo não entendeu nada. Voltou ao silêncio da sala, porém, desde que a pergunta veio a sua mente, sua cabeça estava a mil.

No primeiro dia, ele ficou meditando a questão o dia inteiro. No final do dia, estava decepcionado, pois não havia chegado a resposta nenhum.

Acordou no dia seguinte e foi trabalhar e esqueceu de meditar sobre o assunto, mas depois de um dia inteiro de trabalho, seu corpo estava tão cansando que nem deu tempo para ele ficar decepcionado por não ter chegado a resposta.

No terceiro dia, ele levantou cedo como de costume saiu para o pátio, onde o mestre estava a sua espera. Pediu para se arrumar, pois eles iriam para um parque andar um pouco. Ficaram o dia inteiro descançado a mente e o corpo, ao mesmo tempo que, eles também exercitaram a mente e o corpo.

Quando finalmente a resposta veio na sua mente, clara como nunca, nem precisou olhar para o mestre para saber que ele estava sorrindo porque ele havia descoberto por si.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Feche os olhos, pois se não as sensações de cheiro, tato, sabor, som e cor serão apenas sensações

Já tinha passado de seus trinta anos, olhava para o espelho. Custava a entender como ele chegara até aquele ponto daquela forma. Ele era uma ilha isolada... na verdade, filosoficamente, não tem como ser uma ilha isolada no mundo.
Ele sempre aparecia na vida das pessoas, assim como aparecia, desaparecia. Intocável. Até para ele mesmo.
Aos olhos ingenuos de quem olha de fora, ele seria um bom samaritano, porém, para aqueles que o conheciam bem, era alguém que evitava contato, apesar de sempre estar lá da maneira dele.
Nesse dia, ele olhava com pesar nos olhos, sua vida correra e ele envelhecerá, mais do que amadurecera. Pelo menos era assim que sentia.
Não conseguia compreender o motivo de se sentir assim, por mais que pensasse não vinha em sua mente, além uma bela de uma masturbação mental que não o levava a lugar nenhum.
Um dia, ele pegou um livro para ler, e se identificou com a personagem, não pelo passado, mas pelas atitudes que ela tomava. De aparecer somente quando tinha vontade, de não se relacionar profundamente com ninguém, e isso começou a incomodá-lo de uma maneira, que começou a ocupar uma grande parte de sua vida.
Um voz zunia em sua cabeça, lhe informando que estava no caminho certo, mas que precisava apenas fechar os olhos, porém ele não os fechavamos não antes de estar tão cansado do sono, que provavelmente não lembraria da resposta se viesse em sonho.
Dia após dia, ele voltava para o espelho, até que uma cor de lembrança lhe veio... estranhou e ficou olhando para todos os lados para saber de onde tinha vindo aquela cor, mas percebeu que não tinha nada daquela cor, resolveu esquecer daquilo.
Os dias se passavam de mudava os sentidos, oras, sons, oras cheiro, oras sabor, oras cor, oras tanto, mas nunca fechava a gestalt pois ele nunca simplesmente fechara os olhos, assim como gritava a sua intuição.
Até que um dia, estava com uma amiga e ela pediu para que ele fechasse os olhos, pois tinha alguma coisa em seus silios.
Nesse momento mundo se refez e uma imagem se fez em sua mente, e as lágrimas brotaram de algum lugar que ele não sabia, a fonte sempre fora seca. A amiga se assustou e perguntou se ela tinha o machucado, porém respondeu com um gesto que não. Ela então o abraçou e as lembranças dele menor sendo regeitado pelo seu melhor amigo por um preconceito besta dos pais do mesmo.
As lagrimas foram se secando e seu coração acalmando nos braços de sua amiga. E assim escureceu, levado para sua casa pela amiga.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Que frio

Julho, frio, de bater os dentes.
Além do sono, o frio nos deixa mais rigidos, conseqüêntemente encolidos. Momentos que as dores aparecem, seja no joelho, na nuca, nas costas, nos ombros. Por vezes, o corpo quer permanecer parado e quieto, porém se mover, as dores podem diminuir, se não estiver forçando os musculos de forma incorreta.
O frio que nos faz ficar debaixo das cobertas e aquecedores ligados.

Mas no frio percebemos outras partes do corpo, apesar de ser pela dor, percebemos e é eliminado após a passagem da dor, muito provável, o musculo volta a ser exigido de forma errada, fazendo com que no frio doa.

O motivo pelo qual escrevo isso, não sei, acredito que tenha voltado os velhos tempos de brainstoms.
O sono bate

boa noite

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Felicidade a Qualquer custo

Pensar nisso é refletir muitas coisas que eu fiz e deixei de fazer.
Têm momentos na vida que simplesmente estamos felizes, mas não aceitamos o fato e temos que criar algo para nos tornar não tão felizes, e depois disso, criamos algo para suprir isso... isso também não significa que seja somente assim, acho que muito vai no sentido de fugir do que realmente importa na vida.
Paro e penso, o que é que importa na vida? Ela mesma? Dinheiro? Familia? Amigos? Paixões? Posses? ... ... uma questão que cada um tenta encontrar durante o percurso da vida, trilhamos nosso caminho e ele nos trilha. Posso dizer que nunca tive questões em relação com dinheiro, acho que muito pelo contrario, eu realmente não sei o que é dinheiro, não no sentido objeto, mas o seu real significado. O acumulo dele pode dar vantagens em muitas coisas, na verdade, hoje eu vejoque ele é tão necessário que se não tiver dinheiro, nem para a entrevista de trabalho é possivel... então as pessoas correm, assim como eu estou fazendo, atrás do dinheiro. Alguns para conseguir o minimo para a sobrevivencia, outros para ostentar o luxo... para isso, muitas pessoas matam (sabendo ou não sabendo) para conseguir o dinheiro no fim do mês para ostentar a vida que sempre teve, e cada vez mais, as casas (apartamentos) estão ficando mais caros e menores. Ou seja, as pessoas para ostentar a vida que querem, precisam trabalhar mais e mais.
Onde está a felicidade em tudo isso?
Familia, eu tenho, fato, mas nem por isso, eu me sinto completo, e não tem muito o que fazer depois que você está disposto a mudar e SER completo dentro desta instituição, sendo na angustia, na alegria, na tristeza, no aborrecimento, no sufocamento etc. Mas normalmente ignoramos isso, tentamos pular essa parte e ir para o trabalho, pois lá se resolve o problema mais facilmente, pois não precisa acordar e dormir com ele, olhá-lo nos olhos.
Amigos, muitas vezes, atuo como um amigo fast food, tenho apenas 5 minutos para conversar e só, ou um dia durante o ano inteiro, pois o trabalho ou a familia te impede disso, ou até a falta de grana, porque não?! vamos para a balada e ficamos anestesiados de nossas questões pois o dinheiro conseguiu comprar o que te faz relaxar, o que é otimo.
Paixões, quantos casais que se casaram e se separaram? Estamos batendo o recorde de descasamentos da história, pois estamos na era dos descartáveis, ou seja, esse já não me serve ponho para fora, as vezes, não serve pois as questões envolvidas na relação dos dois não estão sendo lidadas por um ou pelos dois e isso vai se desgastando com o tempo. Quantas pessoas se casam depois de um curto periodo de tempo que se conhecem? Quantas ficam juntas e quantas se separam? Quantas pessoas morrem pela relação? Quantas estão disponíveis de abrir mão de um "futuro" por um amor? Essa último penso nos adolescentes "inconsequentes", "imaturos" que por ironia se descasam rapidamente pois descobre que uma coisa é gostar da pessoa e a outra é morar com alguém, dividir um teto...
Muitas pessoas se dizem felizes quando vão as compras, mas logo depois precisam também comprar novamente, pois aparentemente é somente assim, que as pessoas saciam essa não completude.
Felicidade me intriga, por vezes, eu vi pessoas que tinham menos condições fisica, finaceira, intelectual e felizes e aquela felicidade me contagiou e ao mesmo tempo tive inveja da simplecidade daquela felicidade... mas por algum motivo, é necessário correr atrás do dinheiro, pois sem ele é impossível viver. Dura constatação essa que já havia percebido a tempos, mas que vai de encontro a badeira que levantava contra o capitalismo como um todo, mas percebo que parte dele é necessário. De alguma forma, tem algo que não tem no capitalismo mas que está contaminado, "AMOR". Uma palavra pequena e complexa... todos colocam sempre como positivo, porém é mais que isso.
Na verdade a felicidade é constituida por diversos fatores e todos eles construidos pela relação entre pessoas. Ao perceber isso, não tem qualquer custo, mas apenas um. Relação! Incrivelmente é a mais complexa e dificil atividade humana. Qualquer coisa que o homem vai fazer é na relação com.
E ficam as perguntas outras a partir deste momento, e como é sua/minha relação com: amigos, familia, mercadoria, trabalho, paixões, o proprio ser, amigos, religião, etc

boa noite