segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Meu querido pé....


Acordo com ele grande e cheio de dor, depois de chutar de raiva uma parede para que tudo o que estivesse em volta continuasse inteiro. Porém, a dor me lembra que ele não está comigo para ficar chutando paredes, assim como as mãos não são para dar porrada em ponta de faca ou de prego.
Somos, ou melhor, eu fui treinado para manter o controle, porém algumas vezes, isso parece impossivel, inclusive quando tudo dá errado e não sabemos o que está acontecendo, ou que ignoramos os pequenos sinais que o ambiente nos dá.
Por vezes, fico pensando o sentido do filme o "sentido da vida" de Monty Phygton", mas na minha vida.
Assim como, quando se conhece uma pessoa, ou encontramos antigos amigos, a coincidencia é algo estranho para mim, apesar de muitas vezes tentamos fazer as coincidencias acontecerem.
Meu pé que aguenta o dia inteiro de pé está doendo e inchado, por um descuido meu... não lhe dei o devido valor, não o reconheci, não olhei para ele como deveria e agora ele reclama... e quantas pessoas que passaram por minha vida eu também não pude reconhecer? se uma coisa proxima de mim, eu não fui capaz, imagine o que está distante... Pelos Céus limpidos de inverno, meus olhos devem estar mais sujos que imaginava. Seja um momento de lamuria apenas, mas também, seria como pedir perdão a todos que eu não pude realmente olhar, por medo, por insegurança, por não ser quem eu realmente sou.
Assim como não pude olhar para o meu pé, não consigo olhar nos olhos das pessoas, ele se desvia com certa frequencia, como se estivesse se escondendo, como se em minha alma mais obscura estivesse algo que pudesse trazer repulsa das outras pessoas.
Com o pé ruim, não consigo andar direito, vou cambaleando, vendo o mundo por outra perspectiva.

por momento é só

Boa Semana

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Trilhar novos caminhos


Não basta apenas trilhar novos caminhos,
não basta mudar de direção apenas
se continuamos os mesmos em nosso mais profundo ser.

Muitas vezes, mudamos a direção de nosso barco
na esperança de que a sorte mude,
que a vida mude, porém esquecemos de virar a cabeça junto com o barco

No momento que viramos a cabeça também,
olhamos para coisas novas que nos chamam
e deixamos de olhar o velho tedioso horizonte.

O novo horizonte nos assusta e nos facina com uma facilidade
Nos faz sentir vontade de ir em frente
de conhecer algo novo, sem deixar para trás o que fomos

Mas quando é que isso muda?
Não sei, apenas sinto que mudo
quando me mudo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Aposta

Quanto vale uma aposta?

Sinto que estou num momento que tenho algumas cartas na mão, que são boas, porém estou com medo de usá-las. Talvez com medo de dar um tiro errado, de errar a mão em relação ao meu desejo.

Seria como se eu tivesse uma dupla de Ás(es) no poker e não estou querendo apostar muito com medo de perder aquelas boas cartas, como se se eu jogasse, eu perderia aquelas cartas e nunca mais reve-las.

Um medo materialista, que na verdade, tem relação ao dividir com o outro uma coisa que é só minha, ou seja, deixar de ser seu.

Quais cartas estariam na minha mão? Por que deste medo todo? do que tememos em apostar, o que pode acontecer de pior quando apostamos alto? Perdemos tudo e nos tornamos escravos de algo ou alguem.

rs tenho que pensar mais rs...

bom final de semana

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Espelho de novo?

Conjuntivite.
Acordo de manhã com dificuldade de abrir o olho direito, as palpebras pareciam coladas com diversas colas diferentes. Não podia sentir meu olho. Com apenas um aberto, fui andando sem ver a profundidade das coisas. Era tudo muito superficial, e meu olho direito não abria, não queria abrir. Fui ao espelho e lá permanece durante um tempo, que há muito não fazia.
Lá encontrei um rosto estranho, um pouco acabado e judiado pelo tempo que não para. Com apenas um olho, eu só consegui ver de maneira superficial.
Joguei água e enfim consegui abrir os olhos. O efeito esperado não aconteceu, a imagem continuou a mesma, sem a terceira dimensão.
Queria poder voltar a ver como antigamente, tinha algo de errado com a minha visão. Sai do espelho e fui ao oftalmo e ele afirmou que estava tudo bem clinicamente com a minha visão. Novamente me coloquei frente ao espelho e não sabia o que esperar desta vez. Tinha medo, fiquei pensando se tinha alguma coisa que eu não queria ver, por isso que não conseguia abrir o olho direito. Mas nada.
Olhando cada vez mais para dentro de mim mesmo, segui numa viagem de mim mesmo, lembro de que ao fundo tocava a musica Yesterday, fui entrando cada vez mais no fundo de mim, ficando cada vez mais assustado, pois nada eu poderia encontra. Apenas vazio, sem som, sem imagem, a terrivel experiencia de não ter nada em mim.
Continuei olhando até que ao fundo vejo uma criança, o que ela faz? não tenho ideia, mas ela está lá sentada olhando para mim, assim como eu acho que eu estou olhando para ela.
Para quem você olha? pergunta-me
Para você, pensei, mas ele continua negando a minha afirmação.
Quando percebi que eu realmente não estava olhando para a criança, mas atravez dela. O que isso poderia significar? Não estava conseguindo olhar para aquela criança com os meus olhos, algo nela me fazia senti-la transparente. Meu foco estava para atrás dela, tentei focar nela, mas cada vez que eu fazia isso o meu olho doia.
Como se saindo de um transe volto a me ver no espelho do banheiro, com um dos olhos fechados.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Fazemos parte de um todo?

(Brainstorm)

O homem ainda faz parte da natureza? ou ele tem uma natureza à parte? O homem deixou de ser natural no sentido de fazer parte de um todo. Ele já deixou de se considerar animal, ele está mais distante de tudo o que há no mundo, se aproximando cada vez mais com aquilo que ele mesmo produziu. Fechando em si mesmo, não conseguindo olhar para o lado e ver o que está acontecendo, ou reconhecer o proprio ato de destruição.
Parece que temos odio das coisas naturais, não queremos envelhecer, precisamos manter a aparencia o mais jovial possivel. Para tentar nos aproximarmos dos deuses que deixaram de existir, que na verdade está dentro de cada um... sindrome de um deus menor, achamos que como não fazemos mais parte de um todo, podemos brincar com aquilo que não faz parte da gente. Assim como os Deuses usaram os homens como experimentos, nos usamos a natureza. Com o mesmo impeto de crueldade.
Estamos sendo natural? Não creio, hoje as pessoas dependem de uma pessoa na televisão para dizer se vai chover ou não, deixamos de sentir a brisa, o cheiro da chuva. Nos relacionamos com os objetos e não mais com as pessoas e animais, ou paisagem, ou a energia que cada ambiente carrega consigo.
Achamos que temos mais força que a historia de horror que as catedrais mantém em seu interior, ou que um lugar de culto sagrado, pois o sagrado se tornou futil e um luxo, enquanto que antes era necessário.
Gaia estaria de volta?
De que adianta a racionalização de Gaia, se as pessoas não sentem mais a natureza, melhor, não se sente fazendo parte dela? Reich foi cruzificado, por sua loucura, ele se aproximou demais da questão energética. Não tinha consciencia talvez que ele se aproximava bastante do Tao, um encontro interessante entre o ocidente e o oriente. Diferentemente do que acontece. O Oriente está cada vez mais Ocidente.
O homem parece gostar de manter o patologico, o não saudável e mandar para longe o saudável. Nos prejudicamos, vamos em direção do Caos, pois ele é o que nos circunda, é muito mais natural seguir para o Caos, pois o caos não tem o que se pensar, apenas Caos. Quando uma pessoa se encontra em meio ao Caos, dificilmente consegue se libertar, se organizar sozinha, o que torna cada vez mais complicado, sendo que mais pessoas estão entrando neste caos sem perceber o que acontece com elas.
Paralizamos devido ao caos que a natureza coloca para nós, as guerras são o caos que ninguém quer realmente ver. O que começou a guerra? Qual é sua função? poder? monetário? existencia? se perdeu o motivo real das guerras que se tem hoje, elas são o eco de um passado longincuo que talvez devesse não ter mais sentido. Somente o caos nos leva a voltarmos a sermos animais. Sobrevivencia, sobreviver.
Lei do mais forte, O macho alvo, a matilha, o grupo, tudo interligado, mas ao contrario da natureza, nos brigamos com semelhantes e tendemos a guardar rancor e em algum momento histórico retrucamos algo que não nos pertence mais.
Não há lutas justas, não fazemos mais parte da Natureza, temos a propria natureza humana. O que nos tornamos? Para onde vamos? e para que?

Por mais que eu mude o titulo, acho que os textos continuam semelhantes. Talvez isso eu tenha que mudar. Escrever sobre coisas alegres, felizes... quem sabe um dia..


boa semana

O fruto

Era uma vez, uma fruta que estava presa a um galho de árvore. Verde o suficiente para não ser colhida, comida ou caída.

Fitava o horizonte, pensando no dia em que podeira ir para além dele. Esse tardava à chegar. Outras frutas eram colhidas antes e ela foi ficando. Por vezes, ela desejava que viesse um vento forte e a levasse para outros lugares.

Nenhum vento forte o suficiente tocava em sua casca. Estava presa ali, naquele galho já conhecido. Sem condição de sair daquela posição. Desespero. Não tinha paciencia para esperar.

Seu controle, foi aprendendo a esperar e com isso, teve tempo para sua coloração mudar.

Ele tinha um leve ideia de que se caisse verde, poderia apodrecer antes de criar raízes, sendo devorada por decompositores, esquecida num canto qualquer.

Quando menos esperava, um de seus desejos aconteceu, o vento veio forte soprando, querendo derrubá-la, porém, ela temeu a força do vento e sua insegurança a fez agarrar mais forte o galho que ela se encontrava. A ventania passou e ela mantece-se lá, meio verde, meio madura.

Um certo dia, um pássaro veio e pegou-a, levando-a para outra parte do mundo, que se mostrou enorme, sempre havendo um horizonte que ela não conhecia, intocável.

O pássaro a soltou sem querer, não se dando o trabalho para ir atrás dela, por não fazer parte de sua natureza resgatar tudo que se perde. Ficou no meio do caminho, o solo não era um dos melhores, mas era fertil. A chuva tardava naquele periodo. Não há como a semente se esticar e criar raízes em terra fertil sem água.

Novamente, a ansiedade de controlar o ambiente era terrificante. Nada se podia fazer. Impotencia, tinha que esperar, não tinha outra solução além dessa. Lutar e rezar pela chuva. Esperança.

Os dias foram passando e nada de chuva. A terra começava a ficar levemente árida. Ela se mexia para tentar sair daquele lugar, quando outro vento forte a levou para outras terras. Até que parou num lago. O que a ajudou a se hidratar. Havia vários riscos e assim seguia.

Estava descendo um filete de água que se encontrava num rio. Ela tentava chegar até a margem para lá, fixar suas raízes. Um peixe a engoliu, mas ao mesmo tempo uma ave de rapina o pegou para ser seu alimento.

Depois de um tempo a semente caiu da boca do peixe, caindo em uma terra úmida e macia pela chuva. Ali estava ela, deitada na terra macia, quando uma matilha de lobos passaram por cima dela, enterrando-a.

Ela não conseguia ver o mais o horizonte, estava tudo escuro. Oras mais quente, oras mais frio.

Já sem esperança por estar dias no escuro completo, uma energia a fez esticar as pernas e os braços que estavam encolhidos. Seus braços esticaram como se quisessem alcançar o céu.

Quando percebeu que tudo estava claro e que era bom se esticar, sentir que tudo fazia sentido. Ela será uma árvore que dará muitos outros frutos, que darão muitas outras árvores.

Mudança de titulo

Novamente estou aqui para mudar o titulo, ele parecia escuro, e pesado. O andarilho, normalmente anda sozinho pelo mundo, sem ninguém para acompanhá-lo. Anteriormente era Lobo solitário, agora acho que trilha se torna interessante, pois abre caminhos.
Já trilhei uma porção de caminhos em minha história de vida e isso é muito bom, agora acho que estou começando a trilhar algo novo, que ainda não tenho muito consciencia do que é. Esperemos e veremos o que se tornará.

Changing Title
Once again, I'm changing the title, cos the old one seems like darkness and heavy. "The vagabond" walk alone around the world, no one can go with him. Before that was Lobo solitário, and now I think that trilhar could be much more interesting, cos it sounds open way.
I do a lot of way behind me in my holy life and it is good, and now I'm coming to something new, but I don't know it yet. I will wait and see what happen.

see ya