sábado, 25 de setembro de 2010

Viver no tempo-espaço que pertence.

A ultima vez que escrevi fora há muito tempo. Tenho que adimitir que gosto de reler o que eu escrevi e ver a influencia do momento na minha escrita, seja interna ou externa.
Acabei de corrigir um texto velho.
Voltar aos textos antigos, significa reconhecer o que se passava naquele momento e não somente voltar a velhos conceitos.
Muitas vezes, significa o reconhecimento das mudanças, que não percebemos no tempo continnum. São eles que denunciam estas mudanças, mostrando antigos preceitos ou momentos de velhas angustias. Claro que tem escritos ou parte deles, que continuam, atuais.

Mudando um pouco de assunto, nesta sexta feira, aconteceu algo muito estranho, que me marcou e estou refletindo sobre os acontecimentos, digerindo a forma como acabou me afetando.
Estava no meu trampo, isto é algo novo, da ultima vez que escrevi aqui, não estava trabalhando. Quando no site do uol saiu que o R. T. havia falecido. Estava na ilha de edição fazendo um dos programas para ele. Fiquei realmente mal, tive vontade de chorar, fui chorar apenas depois. Logo depois saiu no site da folha on-line. Por fim, descobrimos que a noticia não era real.
O estrago interno já havia ocorrido. Voltei ao trabalho, mas totalmente em outra sintonia.

Questiono, Como alguém pode fazer isso? Juro, a internet têm muitas coisas boas, mas as pessoas podem acabar com alguém, pode até "matar" e não saber... me senti escutando radio nos anos 50, quando o radialista dizia que a Terra estava sendo invadida por extra terrestres.

Fiquei pensando nessas ações. Não tenho respostas para mais nada, quanto mais eu vivo, menos consigo compreender as atitudes, acho que esse é o motivo pelo qual as pessoas se mantém alienadas. Compreender, demanda tempo, energia e espaço, e num mundo movido pelo imediatismo, a compreensão fica para segundo plano. Não se tem mais energia para isso, e isso percebo em meu trabalho.
No inicio eu tentava compreender o que o outro estava falando, para efetuar o meu trabalho da melhor maneira, mas chegou um ponto que esse processo não acontecia mais. Comunicação interrompida, maus entendidos abertos, alienação.
O tempo para ontem... o tempo que não se tem... o tempo que não existe... é justamente nele que acostumamos a viver... alienamos.