quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Muito ou pouco

Uma questão que está me vindo à cabeça, já algum tempo, parece não se aguentar dentro de mim.

Os Homens se desenvolveram no sentido de ter maior conforto em sua existência na terra, e isso, tem um preço. Por enquanto, nada de novo, isso é falado quase todos os dias pelas pessoas. Tem pessoas que falam em desastres futuros, tem pessoas que falam que não ligam para o que irá acontecer.

Não é um problema almejar o conforto, pelo menos é assim que eu estou conseguindo ver nesse momento, ele justamente faz as pessoas se orientarem e continuar em frente, porém esta busca pode distanciar a pessoa dela mesma. Imaginando que na idade das pedras, tempo, que os homens não poderiam relaxar, uma vez que havia muitos perigos naturais. Animais predadores dos homens estava a solta e o tempo que castigava.

Na busca de segurança, os homens criaram objetos que ferriam os outros seres vivos, tanto para sobreviver, caça, quanto prazer de matar sem necessidade. Proteger àqueles que possuem seus genes é garantir a sua existência perpetue de alguma forma.

Essa procura, foi se desenvolvendo a tal ponto que, hoje, há casas enormes, muito mais do que realmente necessitamos, guardando-nos dos perigos do lado de fora, que, hoje, não são mais os animais selvagens, ou predadores naturais, mas dos próprios homens que criam diferenças para justificar os atos de violência contra a outra pessoa.

Perdeu-se de vista que muito provavelmente tivemos uma origem comum, nem que seja de uma especie de macaco, e que conforme o ambiente, as mutações genéticas foram acontecendo e criou-se a coisa mais bela, a diversidade.

Voltando um pouco ao que eu estava a falar. O conforto é necessário para que a pessoa consiga descançar? Qual é o preço que paga-se por isso?

Em cidade de interior, as pessoas se conhecem bastante, a intimidade não tem o sentido que muitos carregam dentro de si. A maneira de estar com o outro é muito diferente também. Numa cidade grande, as pessoas podem morar durante anos ao lado da outra, porém nunca ver o rosto dela. O conforto estaria ligado ao isolamento? Pensando em prédio, onde um faz suas fezes na cabeça do outro, quanto mais baixo o andar, mais barato. Um por ter mais fezes e por estar com a cara na garagem ou no parque de diversões.

Sendo que em prédio, as pessoas também não se conhecem, quando se encontram é apenas para resolver encrenca, problemas. Ou seja, as pessoas não se conhecem e normalmente jogam a própria responsabilidade para o outro. Falo nisso, porque estava vendo a reportagem sobre os condominios e a dificuldade que as pessoas tem de viver em com-dominos. Mesmo a vivencia de meu sobrinho que vive reclamendo da sindica, seria muito parecido com os senhores que brigavam com meus amigos por estarem jogando bola na rua, porém, na rua, eles reclamam e acaba por isso. Isso é uma energia que fica presa nas crianças modernas. Esse é o preço do conforto?

Fico pensando nas pessoas que foram para a Africa. Em sua grande maioria, falavam que sentiam a diferença entre a riqueza deles em comparação com a dos africanos. Teria concordado se essa fala não fosse de pessoas que ainda moram com os pais, ou mesmo comparando com a situação que cada país se encontra. As pessoas que falavam era pessoas que não tinha nada de aqui e nada lá, tudo o que ele se referia era o conforto que os país haviam construido. Justo pensar que ele tem mais, mas é estranho pensar que ao mesmo tempo não temos nada. Quem lê isso pode refletir sobre o meio copo vazio, ou meio copo cheio, o que seria um erro parar nesse tipo de pensamento, pois vai além disso, pelo menos é assim que estou, vendo. Desta vivência de "pobreza" as pessoas podem escolher o tipo de conforto que elas almejam, sendo elas, uma mansão, sendo elas um flet. Sendo ela 3 carros ou sendo elas andar de onibus.

Nós acostumamos trabalhar com a riqueza, com o excesso, mas fico imaginando que um dia esse excesso não terá mais, e como será? Terá conforto? Ou somente nesse momento, as pessoas se movimentarão para repensar em seus habitos e não apenas reclamar dos outros?

É um momento que o trabalho não é apenas para comer, mas para comprar diversão, comprar felicidade, e isto é comprável? Isso não signifique que não esteja certo, mas que restringe em muito a convivencia humana, pois somente, indo a um restaurante “x” é legal, e fazer coisas em casa em com-junto é coisa do passado. Foram muitas experiencias e tentativas de fazer algo em conjunto este ano, e muitas fracassaram, isso porque as pessoas não estão preparadas para isso. Ou o momento é outro, todos estão se expandindo e isso seria uma forma de não ocorrer, pois manteria um grupo fechado.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Fim dos tempo??

Blackout....
Ontem, como se pode observar em todos os jornais, houve uma queda de energia.
Eu estava em casa, quando de repente, a luz começo a ocilar, achei que queimaria todos os aparelhos eletricos da casa, porém, aparentemente nada aconteceu.
Como um bom, sci-fi, poderia ser um ataque alienigena, ou um invasão militar de outro país, ou ataque de zumbis... para ser sincero, o que mais me incomodava era não poder acender a luz para matar os pernilongos, que zuniam em meus ouvidos.
Foram quatro horas de blackout total, mas hoje, havia resquicios da queda de energia.
Isso mostra como dependemos muito da tecnologia.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Coisas Felizes


Por vezes, me questiono:

Por que eu não consigo escrever coisas felizes?

A resposta me foge,

porém, logo penso: Quando eu estou feliz,

provavelmente, eu não escreva.

e isso faz todo o sentido

me acalma e deixo está pagina contenta por ter encontrado uma resposta

para dormir numa noite quente como essa

:)

Eu e o carro


Finados, dia para se repensar a vida...

Estava dentro de meu carro, indo para o cemitério, para deixar flores em lembraça, àqueles que se foram. Quando no meio do carro, fiquei bravo com as pessoas que não davam setas em seu carro, informando o caminho que elas seguiriam.

Minha mãe por sua vez, falou que era estupidez minha e fiquei pensando que poderia ser, mas logo em seguida me veio outro pensamento, talvez isso seja apenas a ponta do Iceberg.

Volto ao que eu falei em algum momento, a questão da coletividade. Qual o significado de eu não sinalizar aos outros o que farei? O que aconteceria num grupo? Essa opção é mais facil de ser olhada, as outras pessoas não saberão o que está se passando e isso esta que não informa vai se isolando cada vez mais, pois não há uma troca real, sendo assim, muito mais fácil também conflitar e sair do conflito. Assim, como os jovens que têm problemas com drogas e os pais, ou cuidadores irão descobrir somente quando a droga faz parte da vida do jovem de maneira não muito saudável, se é que tem uma forma saudável para as drogas.

Voltando para o que aconteceu hoje. Pegando este exemplo, fica claro que a pessoa que não deu e normalmente não dá seta, não considera ninguém ao seu redor e ainda se acha no direito de xingar o outro, quando leva buzinadas.

Estranho mundo dos carros, o espaço egoico toma outras proporções, ficando do tamanho do carro, não estou falando de um lugar que eu não conheço, percebo que eu mesmo mudo em muito, mas tendo a consciencia desta mudança eu consigo perceber o quanto estou sendo correto e o quando eu estou sendo folgado e não respeitando o outro.

Isso podemos começar a ampliar no sentido de começar a olhar para as tragédias do transito e como ficamos insensíveis ao outro. O outro deixa de ter importancia, e subimos nele, seria possivel afirmar que o carro ajudou as pessoas a ficarem cada vez mais distantes uma da outra? e não somente isso, mas a questão da cidade ser grande também. O carro já foi um status, e para muitos continua sendo. Pensando nesse sentido, ele é um objeto que me diferencia do outro que não tem, mas ao mesmo tempo, se ele for usado de maneira a levar outras pessoas ele também se torna um transporte coletivo, mas por incrivel que pareça, muitos saem de carro, sozinhos. O que significa isso??

Ainda estou a pensar.