terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Lembrei

Há mais ou menos um ano, vivi algo que não me recordava, mas voltei a me lembrar. Lembro de minha viagem, quando estava com meus amigos italianos. Eu estava hospedado na casa deles, foi muito bom, me sentia bem, estava a turismo, por mais que não tinha muita a companhia deles, pois eles estavam em aula, diferente daqui do Brasil que seriam fim de aulas.
Um deles estava no telefone falando com a mãe dele. Quando comecei a me sentir um incomodo, o problema foi que eu conseguia entendê-los quando falavam em italiano, porém eles não me entendiam quando eu falava em portugues. No telefone, a pessoa falou que não estava gostando, pois o apê deles, parecia um albergue, e isso estava trazendo incomodo. O pior é que a mãe disse para a pessoa ter cuidado, mas a pessoa disse que não tinha problema, pois eu não entendia. Dai me sentir pior ainda, devia ter saido, pois estava entendendo tudo.
Hoje, não sei se eu fiquei mal porque tinha entendido tudo e não quis falar, para não criar problema entre meus amigos, ou porque eu me senti na obrigação de sair, pois estava como um incomodo.
Não sei, acho que nunca saberei, pois sai um dia depois. Segui viagem apesar da outra pessoa ter pedido para ficar mais um tempo...
Escolhas são feitas...

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Gosh

A long long time ago...
I haven't written in english, and it is getting worst, I might do it more and more. Since when I came to London, I tried to write something, but it is quite different, cos I am not there anymore, and I start to used of portuguese language. It is not bad, if sometimes I do myself think in english as well. Another day I found a american man asking for help, I had a short conversation with but I realize that my english in not bad than I though, I am happy for it, but unfortunately it cost a unhappy situation of this guy, cos he was styling by a little boy and I don't know why he did not want to go to his home by bus. He wanted to go by taxi... Unfortunately I did not have a money, cos I am not used to bring cash with me... I really sorry for the man's situation.
I figure out that this situation make my stomach turn, cos It is a difficult situation and it has in all around the world, but it is shame cos it is my country, and I can not do something because I really don't know what I can do... I pray for a idea, but it is diferent, now I am able to do something... but I don't know what it is.
A long time ago...
some people change a little the world and it make me do one more step.

see ya

xx

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Seria normal

Após correr dois km e meio e andar mais um e meio, após um banho relaxante, veio uma palavra na cabeça: Normal.
Comecei a pensar nela, lembrei o quanto eu gostaria de ser igual as outras pessoas, não ter certas angustias, de poder apenas viver. Isso seria muito utópico? Lembrei-me que desde pequeno ouço algumas pessoas a minha volta, que têm habilidades de antever o futuro, ou possível futuro, que eu cresceria e criaria algo novo, isso me marcou, pois não queria criar nada novo, queria ser apenas uma criança normal que soubesse o que os amiguinhos sabiam.
Hoje, me peguei pensando nisso e aparentemente caiu uma ficha, o que era mais obvio, há todo momento estou criando algo, sendo algo, transformando algo, porém isso estava muito além de minha compreensão naquele momento, me questiono se já tenho esta compreensão, mas ela me basta por enquanto, talvez até tenha algo para contribuir para a sociedade, mas isso sempre foi muito passado para aquela criança, uma responsabilidade que não era dela e nem de ninguém, somente daqueles que já criou algo.
Quando adolescente, penso na questão da mutação, nos mutantes que nos tornamos, nos sonhos que são privados pelos adultos para que nos enquadremos nas regras globais, para que tenhamos um lugar seguro no mundo... estranho escutar isso, pois é a mesma sensação que eu tenho para com o meu sobrinho, quero que ele tenha um lugar seguro e que ele possa confiar, em pessoas confiáveis em situações confiáveis, mas sem medo de tentar algo que foge ao seu controle, pois a falta de controle é positivo, pois percebemos o quanto ainda temos que crescer e que não é para controlar a vida, mas sim vivê-la, mesmo que isso seja dizer: NÃO, EU QUERO ISSO! e pagar pelo preço da escolha.
Entendo que quando somos jovens, não sabemos escolher, mas cada vez mais acredito que tornamos adultos e continuamos sem saber escolher. Cada pessoa vai dar sua explicação para isso, mas o que me pega neste momento é justamente o não escolher que as gerações passadas, ou seja, seguir o caminho estrito dos pais. Idade média, você nascia num berço de carpinteiros, você seria carpinteiro também, não gerava as certas incertezas do mundo atual, apesar de deixar a pessoa sonhar a vida toda por algo que não se tinha a oportunidade de fazer, porém era algo seguro, uma vida, um profissão.
Você nascia já sendo algo, hoje, pode-se passar a vida toda tentando descobrir o que se é...
O que é ser normal pensando nisso... hoje, vejo a normalidade como sendo um espaço em um gráfico, ou seja, muita coisa e nada ao mesmo tempo, ou seja, não tem alguém que seja normal, incrível isso, não tem uma pessoa normal e não tem um dia sequer que eu não invente algo, mas que seja o sonho que não na manhã do dia seguinte.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Um convite para o que ocorreu entre quatro paredes, um papel e uma caneta

Essas velas seriam brancas, com excessão a redonda, porém ambas ficaram amarelas, o que é mais interessante. Acredito que seja pela cor da chama da vela.
Esses dias eu deixei para fazer de cartão de natal, então as palavras me vieram de forma obscuras, surgindo do fundo de minha alma de maneira inexplicavel, o poema me soou pesado, mas mesmo assim mandei, pois ele saiu desta forma e não tem como mudar.
O poema fala sobre a chama da vela que nos hipnotiza, nos leva para outros lugares que não aqueles que estamos acostumados a frequentar e muitas vezes isso assusta até os mais corajosos, pois muitas vezes perdemos controle e ficamos mais perto de nossa própria loucura.
Por algum motivo mudei um pouco o final do poema, talvez porque também temia a minha própria queda nessa insanidade, mas acredito que assim temos que enfrentar, na medida do possivel nossos demonios internos para que possamos lutar na vida e mudar a realidade na qual vivemos, não na perspectiva do "louco" que está nos "manicomios", mas lutar para mudar, saber que temos muito o que fazer e que depende de cada um seguir em frente e trocar de lugar. Se abrir a cada experiencia nova, mas logo depois se fechar para poder entender o que se passou, pois somente assim iremos entender este mundo imensamente grande que nos ameaça, que nos deixa apenas a impotencia de não poder fazer nada, e muito pelo contrário, temos muito o que fazer, e o que nos falta é coragem.
Coragem de assumir a nossa aniquilação. Têm momentos que me imagino como nos romances de samurais. Estou frente a frente do perigo com uma espada na mão pronta para dar um golpe, a cada golpe que dou a cada golpe que recebo, aprendo um novo movimento, não tem movimento repetido.
Assim posso me aprimorar por toda vida e quando isso terminar poderia partir e chegar a completude. Para isso tenho que viver e colocar todos os meus aprendizados em prática, criar novas alternativas, pois a vida é uma metamorfose ambulante, assim como diria Raul Seixas, e por isso a cada momento que estou empunhando uma espada e lutando. Sento com medo, pois posso perecer naquela batalha, naquela alucinação que a chama me trouxe, nas imagens que formam o meu ser.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A balança do fim de ano

Estamos chegando ao final deste ano, ano de 2008. Por algum motivo, o final do ano sempre é um momento de grandes reflexões, o natal está proximo, a mudança de ano, que ocorre apenas na passagem de Dezembro para Janeiro e não quando se comemora o proprio nascimento.
Esse ano, descobri o verdadeiro significado de inferno astral... momento que tudo o que aconteceu no mundo externo invade o interno. É inevitável a refletixão, ainda mais, dependendo da época da vida, as reflexões parecem mais intensas. Além disso, como nós não temos o costume de finalizar o ano quando comemoramos o proprio nascimento, o fim do ano vem carregado de sentimos que não foi permitido por nós mesmos a senti-los.
Estranhos nós na garganta, um sentimento estranho de que acabou, mas tem muita coisa pela frente.
Neste momento de reflexão, comecei a ler um livro provocador, "Cem anos de psicoterapia... e o mundo está cada vez pior", ele me faz reflexões sobre a minha atuação no mundo, justamente por ser uma pessoa "formada". Curioso pensar nesta palavra, como se a faculdade nos moldasse para a sociedade e não o oposto.
Outros livros foram importantes este ano, um deles foi: "João de Ferro" de Robert Bly, outro livro que me fez refletir sobre a minha vida como um todo.
Voltando a questão do fim de ano, esse está com ar mais melancólico que os anteriores, pois nos anteriores, eu tinha algum certeza, já nesse, não tenho nenhuma, não sei o que será de mim o ano que vem. Aliás faltam apenas 21 dias, não tenho promessas para fazer, não tenho um plano de carreira, sei o que quero para dois anos, mas vejo pessoas pensando em cinco, seis anos, é muita coisa, e tudo muda muito rápido.
Seria esse um sinal de que eu deve me estabilizar, ou justamente por não ter nada certo, devo seguir os planos sem terras, sem lares, sem conexões fortes o suficiente para estacionar e olhar para o horizonte, respirar fundo e deixar o ar sair?
Quando penso nessa falta de conexão que eu sinto, lembro do filme, "Na natureza Selvagem", que nada prendia o protagonista, porém a realidade se impôs e ele não teve forças para lutar contra.
Qualquer plano tem esse risco, o problema é saber de antemão quais são os riscos reais... pensando melhor, percebo que tudo pode ter o lado negro, aquele que nos afasta de nossos sonhos, por mais doidos que sejam, tem um motivo para ser, assim como em "Peixe grande" o protagonista sabia sua morte, com isso, não temia morrer, pois sabia como seria. Fico pensando, teria a vida graça se fosse assim?
Respondo que não faço ideia, acredito que temos que seguir a intuição, seja lá o que isso signifique, ela é importante e nos guia para lugares fantasticos, mas por vezes, ela falha, então cuidado com ela...
Tudo isso, por causa do fim de ano ... :)

Boa semana

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Minha nova busca??

Mais um dia, estou cada vez mais internalizando me… fiquei pensando em questões que me acompanham durante anos... uma delas é a dificuldade de escrever, não de colocar uma letra atrás da outra, mas percebo que o pensamento vai muito mais rápido que a mão e assim fica confuso os meus texto.

Além disso, percebo que agora no fim do ano, da vida acadêmica neste momento, voltei a escrever muito mau, isso pode ser visto como um sintoma desta fase? um não querer se formar? um não querer terminar para isso precisa escrever mau e ter que fazer de novo, o não querer crescer, pois a partir do momento que começo a escrever bem, terei crescido, estarei pronto para fazer a pessoas me entenderem.

Não sei se é nesse sentido que a minha escrita corre, pode até ser... estou confuso, diferentemente de antes, não é um confuso difuso, eu sei o que quero, mas parece que o corpo não está deixando, como se fosse a minha ancora. Como se alguma coisa ficou presa lá trás e agora tenho que puxar de volta, para poder seguir em frente.

O que seria essa ancora se não vivencias anteriores, que os anseios e depósitos de expectativas alheias? Seria apenas uma desculpa que carrego comigo para me deixar preso, para ver todos se desenvolvendo e eu parado.

Fiz o impossível do possível, mudei, cresci de algum modo, não teria como não crescer em um ano, não importa qual. Amadureci alguns frutos que estavam verdes quase podres, amadureci os galhos que se jogavam perante o vento sem resistência alguma.

Mais uma vez me pego pensando na escrita, no português, na língua mãe, naquela que me comunico, não melhor do que nas outras.

Por que de tudo isso, né?! São criações de uma cabeça em chamas, que não consegue se organizar, pois não tem um organizador, algo que o organize. Talvez a charada esteja ai, preciso encontrar algo que me organize, pois sou desorganizador de natureza, tenho a desconstrução como algo meu, o questionar o mundo, o ir em busca de sentido para os meus sentidos.

Não tenho algo que em organize, e é engraçado pensar nisso, pois a nunca pensei que precisasse de algo ou alguém para me organizar, então é isso que tenho que buscar nesse momento. Fico por aqui e assim começo a minha procura.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Breve lembrete que espero que fique eternamente na lembrança

Essa talvez seja uma madrugada em tanto, tenho que acordar cedo da manhã no dia de hoje mesmo. Tenho algo para contar, algo para descrever, que talvez fosse melhor deixar apenas na memória, porém as palavras me fogem a boca.
Duas coisas eu fiquei pensando: como é dificil estar no grupo e realmente, não temos ideia do que o outro está passando.
Isso me veio depois de um encontro que tive hoje, com pessoas fantasticas! Tivemos momentos de alegria, diversão, descontração e assim seguiu. Teve momentos serios também, combinando com o dia chuvoso.
Aliás acho que é aqui começo. A chuva, antes de eu chegar, junto com a minha carona, na casa da pessoa, paramos uma Americanas, foi o tempo de começar a chover. Depois de um sol de rachar, estava chovendo forte, o dia tinha uma aparencia tristonha.
Iniciando com um sinuca, sem muita pratica, com dificuldade de adaptação da mesa... As pessoas chegando, não tinhamos certeza de que viria para esse encontro, ainda mais num dia que as ruas se tornaram rios.
O mais confortante era os rios de lagrimas de alegria das brincadeiras que contagiaram as pessoas presentes.
Uma roda se formou, uma fogueira imaginaria queimou entre aquelas pessoas. Descobrindo a dificuldade de se escutar elogios, sendo domado pelo lado "humilde", que não nos deixa, por vezes, nos engole....
Como é belo estar no grupo, mas ao mesmo tempo, como é dificil isso, se colocar, por a emoção para fora, somos ensinados a descrever o que está se passando, mas tudo está ligado ao interno.... inclusive na minha formação que dizem ser diferenciada, não aprendi a dizer o que eu sinto.
Após todos se colocarem de forma bela e sonora, fiquei com uma sensação de que faço parte de algo, não sei se é para todo o sempre, mas que naquele momento, senti algo que faz sentido.
Algo para se lutar e levantar a bandeira... pensando bem, esse ano, foi o ano de grupos... estou grato por isso. É dificil, angustiante, mas VALE A PENA

bjos e boa semana

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008


Desde que eu voltei de viagem e voltei para a aulas... aquelas que eu não tenho mais, pois estou formado. Passava por essa foto perto da PUC, foto... digo... pintura, muito louca, bela, diferente, o que torna a esquina mais bela, porém, sei que muitas pessoas passam por lá, mas não reparam.
Aprendi a olhar para a cidade de forma diferente, não do modo turista... que muitas vezes olha para o que é aparentemente belo... tenho tira mais fotos de coisas que de pessoas, o que me é meio estranho, não?! Enfim, voltando um pouco no olhar. Não basta apenas olhar, mas ver tudo o que está por trás de cada objeto pela rua. Minha diversão é tentar imaginar a história que essa imagem tem para o artista, qual seria a história desta menina que cheira rosa.
Poderia ficar delirando em cima desta imagem, pois ela pode ganhar muitos significados diferentes a cada momento.
Para falar a verdade, não preciso saber a história real, mas tenho o prazer de olhar para esta arte que não está em museus fechados, está ao ar livre, no museu da vida.
Mas me entristeço ao pensar que esta imagem se apagará se continuar ao relento... mas assim como tudo, nada é para sempre.

o começo do fim

Nada como começar com o fim de uma jornada que durou 6 anos, uma jornada que teve rios fortes que passaram e não me deixaram passar por eles, tendo que dar meio volta para seguir meus caminhos possiveis.
Agora que as águas passadas se foram, o tão almejado e temido fim, por fim chegou.
A grande questão que fica em minha mente e não sai é: e agora, o que fazer??

Percebo que apenas uma resposta é possivel: o presente me guiará pelas temerosas águas do futuro.

Um boa semana à todos