domingo, 22 de dezembro de 2013

Que venha a vida!



O fim de ano é assim...
Olhamos para o que passamos e refletimos o que vivemos...
Limpamos a casa, jogamos fora os papeis acumulados
Guardamos fotos e lembranças
Deixamos os romances inacabados de lado
Erramos os acordes e as tonalidades para um afinar num novo tom
Tocamos as musicas que passaram por nossas vidas
Deixamos a tristeza e as alegrias,
Nem que por alguns segundos para trás
Porque no fundo um novo ano está para começar...
Todo começo é fim de algo.
Os fluidos sentimentos dançam
Nas pautas da vida, com suas pausas
Com seus fins.
É... fim de ano é assim.
Limpeza do que não cabe mais
Jogar fora o que ocupa para deixar entrar
Tudo aquilo que a vida vai nos proporcionar.
E que consigamos deixar entrar tudo o que estiver por vir!

Boas festas para quem comemora!
Para quem não... que venham os dias para se viver!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Meu ser está ai...
Procurando por coisas que os olhos não veem.
No vazio dos espaços ainda não ocupados
De uma alma alerta na esperança
De um novo amanhecer
Do desabrochar das mais belas flores na primavera
Minhas pupilas estão vazias
Da minha agitação infantil de conhecer o mundo

Meu ser está cheio...
Dos medos recorrentes da minha senil história
de desaventos da vida.
O que procuro não tem nome, cor ou forma...
O que eu procuro se apresenta.
Na simples presença
Na presença que não consigo esquecer.

Paulo Tiago Akio Ogura.
A dificil arte de renascer da Fênix
É o estado de espirito humano de aceitar as transformações
Que a vida proporciona...
Deixando morrer o morribundo
Fazendo nascer o amor que merecer ser cultivado.

Paulo Tiago Akio Ogura

sábado, 7 de dezembro de 2013

Essa neblina esconde o dia do amanhã
Esconde você de mim e ando no vão.
O que fazer quando não se consegue limpar a visão?
Não compreendo como a vida passa
Todo santo domingo parece que a chuva não para

O que fazer para nós entendermos que o tempo não se controla?
Quanto mais tentamos controlar menos vida há.
Tudo tem um fim e ele vai chegar
Quanto mais enrolarmos, mais vai demorar para se levantar

Quanto tempo se passou?
Quanto tempo você fugiu assim?
O tempo escorre pelas mãos
não tem para onde fugir

Vê se acorda, vê se volta
Se não seria melhor assim...

Nessa solidão sem fim
Nessa angustia de mim?
Neste não saber

Só quero estar com você
que não esta aqui
pois assim devo partir para o tempo sem fim.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

.



A minha agitação dislexia
Não me deixa dormir
Minha mente perturbada por tufões de imagens cores e sons
Nauseiam meu ser
Para tentar entender mais um texto que meu ser jorra no papel
Daquilo que corre dentro de mim...
Dos sentimentos indefinidos...
Eu sempre paro na segunda silaba...
Senti... o mentos somem sem deixar rastros para o racional não o pegar...

Paulo Tiago Akio Ogura

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Quem sabe um dia eu possa vir a ser um poeta
para poetizar a vida
Desconcretizar meus sentimentos depositados
Transcrever minha alma no papel

Saber que hoje em dia a palavra não tem valor
falar fazer fazer falar nada importa pois
Tudo muda num instante
O efemero sentimento não é trabalhado
Não é sentido

é deixado no papel
Sem nenhuma alma sequer tocar

Paulo Tiago Akio Ogura

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

À minha criança...

               Prometi não escrever sobre  a dança esse ano, mesmo porque nem um grupo de dança está formado... aliás o grupo vem desconfigurando a cada instante... será que foi o tempo da dança? Estaria eu intuindo que esse seria o meu ultimo ano?
                A vida vem dando bordoadas de todos os lados e minha criança interna vem acuando a cada dia mais para dentro na fuga das dores da vida em busca de respostas imediatas... O vai não vai que não foi de uma promessa ainda não cumprida... desanima o corpo que quer se mexer... que tinha um objetivo... mas como numa brincadeira de criança, o tempo passa sem que se perceba... assim como ela, a brincadeira, perde o sentido com uma facilidade ímpar... O que eu sinto não se dá no sentido lúdico...  o tempo que passa sem nada acontecer... sem um sentido real da questão... é um tempo apenas... é um não ocupar... é vazio de sentido.
                O desenvolvimento de uma ideia tem um determinado tempo e que deve ocupar um espaço. Sem a ocupação do espaço, a ideia, a criação não passa de uma fantasia... de um fantasma que assombra a todos... mas é preciso deixar que as coisas rolem no tempo que devem rolar... Isso eu sei de cor e salteado, racionalmente falando, mas não estou falando do racional... estou?
                Quais são as nossas fugas internas para dar sentido ao que se está vivendo? Eu tenho descoberto muitas dentro de mim, fugas que me levam para a fantasia, para a escrita, aliás a escrita me ajuda a concretizar minhas ideias fugitivas da vida...
               A dança da vida está no descompasso do meus pés embriagados e saudosos do tempo ido... mas a vida não é só o passado, ela tem o futuro e são esses mesmos pés que travam para seguir na dança da vida... eu estou parado esperando o ritmo entrar em meu corpo novamente para voltar a movimentar os pés... para enfim dar o primeiro passo, o segundo... o terceiro e finalmente começar a dançar.
                Por vezes, fico refletindo o que eu devo fazer para conseguir dar os passos necessários para a dança realmente sair... e me vem a imagem da mala, da mala que carrego comigo para todos os lugares. A mala que pesa a alma de todas as coisas que eu fiz e deixei de fazer.
                Pesa a escolha... o meu compromisso com a dança seria uma fuga? Ou eu estaria escrevendo tudo isso pelo fato de saber que não vou poder dançar durante um mês?...
                O que eu sinto é que meus pés estão no vazio. Balançando, tentando encontrar um chão para o corpo sentir: “Agora vai”... mas esse chão ainda não é chão... é o momento da espera... mas a criança não espera... ela é o aqui e agora, no máximo no instante seguinte...
                Sim, esse é um momento que eu tenho que esperar por muitas coisas, porque parte da vida se faz da espera. Não da espera pacifica, bucólica, mas da espera ativa que nos lança para a vida... mas sempre é acompanhada da angustia da não resposta...
                Sendo assim o que me resta é deixar as coisas acontecerem... se dançarei? Não sei dizer, porque até agora não há nada... e meus horários e minha condição física e emocional também não estão lá essas coisas... o que eu posso dizer é que mesmo que eu não possa dançar esse ano, baterei palmas para o processo, farei uma reverencia para minhas angustias, darei um viva para a criança que ainda não morreu dentro do mim.

sexta-feira, 17 de maio de 2013


Ai que saudades...
que me prende naquele lugar
entre montanhas e neblinas
que minha mente teima em me transportar

O medo
que me forçou a me esconder
em minha tagarelice
e no calado sentimento.

A beleza da rosa
não é só a sua delicadeza das pétalas
nem a sua agressividade de seus espinhos
mas é a sua presença

como transpor o medo
sem ferir o outro?

Oh! saudades
daquele tempo
daquele lugar
de você...

Paulo Tiago Akio Ogura

terça-feira, 30 de abril de 2013

Até agora tudo deu errado
não conseguimos nos encontrar
não devemos perder a calma
pois vamos nos achar

Pensei a semana inteira
tentando descobrir o que há
parece que o destino não quis, até agora
parece que a vida virou assim, eu não vou embora

Mas agora vou deixar
e ver o que há
Vou me permitir você entrar
Vou me abrir, mas por favor não se esqueça
que eu vou deixar
deixar rolar

Sinto que tudo vai mudar quando a gente se encontrar
se a gente não abrir mão do medo que tentamos controlar
não seremos mais

O que aconteceu? Eu não sei explicar
mas essa busca não é em vão
deixa vir do coração
você entrou na minha vida
e agora não posso deixar você partir assim

Vamos nessa estrada, sem medo de nos conhecer
o único arrependimento seria não estar com você
se estou desse jeito, sem jeito
é porque você me faz querer ser

Mas agora vou deixar
e ver o que há
e vou me permitir ficar.

domingo, 17 de fevereiro de 2013


O que a gente deveria ter feito a gente não fez
fizemos de uma gota um oceano não tinha que ser assim
as mares da vida te levaram para longe de mim

tão longe que nem um grito seu pude escutar
esta gota que corre em seu rosto
que por desgosto explode em mim
Nas lagrimas contidas que rompem na saudades sem fim

O medo me tomou
Cresceu e detonou
A falta de coragem impediu
de falar tudo o que se passou

A gente não conseguiu seguir em frente
O meu medo é te encontrar que não seja de repente
Tão longe que nem um grito seu pude escutar
Esta gota que corre em seu rosto
que por desgosto explode em mim
Nas lagrimas contidas que rompem na saudades sem fim

Gostaria que o tempo voltasse para gente conversar
quem sabe a gente poderia se entender e os copos esvaziar
Gostaria de te falar tudo o que há e o que não posso negar, mais não
que apesar da vida te levar para longe de mim
 
tão longe que nem um grito seu pude escutar
esta gota que corre em seu rosto
que por desgosto explode em mim
Nas lagrimas contidas que rompem na saudades sem fim