sexta-feira, 16 de abril de 2010

Há dias que a música não toca o coração, apenas o silêncio morbido da cama. Sons, ruidos percorrem a casa cheia. Mas e a música? Para onde ela foi?
Dos cantos pelos cantos apenas sobrou as tosses dos pulmões pulverizados pela dor interna.
Há dias que o silêncio domina interno, não podendo enterrar mentiras. A terra treme com a furia das fadas caídas. Do terror de ninguém mais creditar nelas.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Reflexões de meu trilhar

Trilhar... belo título, que hoje me angustia, pois trilhar é crescer. Crescer é se lançar para o desconhecido, é saber que a dor é inevitável.
A Dor nos torna mais humanos, na real verdade, trás a humanidade para o corpo esquecido, abandonado, deixado de lado...
Quem sabe um dia eu conheça alguém que consiga viver, trilhar sem a angustia, sem a dor.
Sempre escutei sobre o Limite, mas até então não conhecia o mesmo. Não o limite que nos colocam, mas aquele que nos é próprio.
Como estudei na faculdade, para ser algo é necessário deixar de ser, é morrer para renascer, deixar uma parte de ti para trás é algum terrivelmente angustiante, pois a mudança é dificil, a mudança também é fantastica. Deixar de ser para ser, mas ao mesmo tempo sendo, pois se isso não ocorrer, o "eu" se perde... mas não é um perdido como nas trilhas, mas pode ser fatal assim como um se perder num pantano ou numa floresta selvagem.
O trilhar é o caminho possivel para muitos perigos, desafios de mortes, no fortuna a vida segue entre outros modos de galhos em galhos.
No processo do trilhar, a dor, os limites se mostram e muitas vezes, ignoramos piamente para não aceitar que o limite apareceu, não por sermos limitados, mas pela restrição do ser para uma única maneira de estar com o outro, mas se mesmo assim se está sendo legitimo, na presença, é verdadeiro e no fim, uma paz segura o coração.

sábado, 3 de abril de 2010

Um adeus

Coisas da vida...
Meu pai faleceu no dia 30 de março. Estava com ele quando ele partiu, nesse momento me sinto estranho, estou triste sim, mas estou calmo, sereno... Depois de tudo o que passamos juntos lutando contra o Cancer.. Cada passo que davamos para lugar nenhum, a cada momento que ele precisava de minha ajuda para tomar banho, subir escada, era uma dor indescritivel.
Varias lagrimas escorreram durante esse tempo, tive muito apoio de pessoas queridas, senti, assim como ele, que não estava sozinho. Só tenho que agradecer a todos que estiveram perto e souberam respeitar o momento e a tudo o que estava acontecendo.

Aqui fica o meu obrigado para todos e ao meu pai que me proporcionou muitos aprendizados