sábado, 30 de julho de 2011

03/11/2009

Como que eu não havia percebido
Enquanto estavamos junto
a felicidade beirava a nossa porta
mas nada podiamos fazer,
os impedimentos da vida nos separa
nos deixa distante
os oceanos nos separam
os sentimentos nos aproximam
agora tenho que seguir em frente
nada posso fazer
a não ser seguir e tomar minha vida novamente
obrigado
eu já fui feliz um dia e isso me cria esperança para encontrar a felicidade novamente
Quero me divertir novamente,
dançar com outras pessoas,
poder conversar de madrugada

terça-feira, 26 de julho de 2011

Rebecca - Estoria

O quarto não era nem escuro, nem claro, era apenas um quarto sem vida, ou melhor, com pouca vida. Havia um ruido constante de máquina e um bipe de vez em quando. Acortina dançava levemente devido ao vento que passava pela janela. Naquele dia em especial, não havia nada de especial, era a rotina daquele horário.

Soava um chave rodando na fechadura, eram seis horas da tarde. A porta foi aberta delicadamente, Rebecca entrou sala a dentro, com seus belos cabelos, de altura média e belo corpo.

Entrou pela casa com suas olheiras de cansaço, fazia tempo que ela não dormia direito. Apesar disso, ela aparentava bem mais nova do que seus vinte cinco anos. A genética sempre ajuda, pensava ela, toda vez que se olhava no espelho. Apesar de tudo o que acontecerá a natureza foi boa com ela.

Entrou suspirando como era de costume, deixou suas coisas na entrada e foi direto para o banho. Tomou-o bem lentamente, acariciando sua pele com todo cuidado e carinho que alguém poderia ter. Trocou-se, colocou uma roupa mais confortável e foi para a cozinha. Colocou a comida na mesa, sempre preparada para dois.

Sentou, preparou seu prato, fechou os olhos e rezou. Abriu-os lentamente, pegou seu garfo e sua faca, brincou com a comida, sem ao menos colocá-la na boca. Isso era muito comum, tentava jantar, mas nunca conseguia, seu estomago embrulhava e nada entrava.

Empurrou o prato de lado, colocou seus cotovelos na mesa e afundou seu rosto em suas mãos. Começou a soluçar e o choro veio forte.

Retomava o controle devagar, respirava profundamente e lentou. Jogou a comida fora e lavou a louça.

Seguiu para o quarto, sentou na cama, suspirou profundamente, como se sua vida esvaísse por aquele suspiro.

Olhou para o lado, onde se encontrava uma maca e os aparelhos. Há 4 anos, vivia daquela forma.

Eram felizes, recém-casados, quem não é? Certo que havia os casamentos forçados, mas esses não contam, o que era mais lindo na historia deles eram que eles eram apaixonados um pelo outro. Sempre via as fotos para relembrar os bons momentos.

Maldita realidade... pensava. Sentia-se culpada, foi por isso que cuidou dele, durante todos aqueles anos.

“hoje, conheci uma pessoa... na verdade, não conheço de agora... mas sinto que apenas agora é que eu a conheço. Ela me faz sentir segura, me tira os problemas das costas... até massagem ela fez em mim... Me senti solta... leve... pela primeira vez em quatro anos...” Olhou para o chão.

“sei que não é sua culpa e nem minha... mas com ela, eu posso conversar.. falar.. ser tocada... sinto tanta falta disso.. nunca pensei que isso fosse acontecer com a gente... Sei que jurei amor eterno.. na saúde e na doença... juro que estou tentando...” chora mais uma vez. “ Se pelo menos você piscasse... poderia te sentir de alguma forma... mas...” suspirou novamente.

“Fui em todos os lugares, conversei com todas as pessoas que eu consegui conversar e nada mudou... gostaria tanto de poder sorrir novamente, mas todas as vezes, que penso ou me vejo sorrindo, me sinto péssima!” Silenciou, como se esperasse algum retorno sonoro daquele corpo imóvel. Ele continuou do mesmo modo.

Voltou seu olhar para sua mão, refletiu mas um pouco.

“O que você espera que eu faça?” Novamente a pergunta se perdeu no vazio.. Voltou a chorar.

“Sabia... não sei porque insisto” Levantou e foi até a cozinha tomar um copo de água. Tudo de forma muito melancólica. Seus ombros doíam, parecia carregar o mundo nas costas.

Seu olhar fugia pela janela a fora, enquanto segurava seu copo delicadamente.

Quando seus olhos voltaram para o quarto, o peso de seus ombros pareciam estar pior. Se ela fumasse, estaria já no terceiro maço, se bebesse, estaria em coma. Seguiu lentamente de volta para a cama. Com uma única frase na cabeça. “foram quatro anos”. Sentiu-se velha, queria tirar aquele peso de qualquer jeito. Ficou na porta olhando para dentro do quarto.

Olhou para o plugue da tomada. Agachou e segurou no intuito de desligar. Ficou um tempo ali, naquela posição. Fechou os olhos como se estivesse tomando coragem. Então, um desespero bateu dentro dela. Abriu os olhos e desesperadamente se jogou para o canto do quarto e encolhida e envolvida em seus próprios braços, começou a chorar.

Quando se recuperou, levantou e foi para ao lado da cama. Pediu perdão, por ter pensado em algo daquele gênero. Jurou amor eterno.

Quando foi sair do quarto, tropeçou no fio, que desligou os aparelhos. Quando se recompôs e percebeu que não havia mais ruido da máquina, se desesperou e gritou. Ficando chorando em cima do corpo moribundo.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Motivação

É uma palavra que vem me acompanhando durante muito tempo...
Costumamos a falar que não nos sentimos motivados para fazer isso... ou aquilo... ou aquilo outro... Ou falamos que gostariamos de ajudar ao próximo, porém não tenho tempo, ou não tem lugar que possa contribuir e assim segue... há também, os momentos que estamos num emprego, e não sentimos na vida... nos sentimos a parte dela...

Volto na palavra motivação, poderia recorrer aos amigos que trabalham com isso, mas de alguma maneira gostaria de fazer uma reflexão e não apenas repetir conceito.

Segundo Abraham Maslow as pessoas são motivadas pelos seguintes itens - Auto-realização, Auto-estima Sociais, Segurança e Fisiológicas. Sendo assim, qualquer falta de um desses iténs, as pessoas podem se sentir desanimado ou desmotivado para fazer qualquer atividade, quantos mais desses iténs o individuo estiver privado, mais será sua sensação de desmotivação, no fundo, o individuo, em questão, será mais desmotivado, quanto menos possibilidades de ser ele terá, com isso, menos rica será sua vida. Há pessoas que sobrevivem a vida toda apenas com a categoria fisiológica, se muito, então me questiono, realmente vale esses iténs? Ou têm pessoas excepcionais? Penso nas pessoas que não tem nada na vida e continuam lutando e lutando e lutando, qual é a motivação envolvida nisso tudo?
Seguindo o pensamento de Maslow, quando o ciclo motivacional, por algum motivo, não se realiza, ele gera a frustração no indivíduo, que poderá assumir várias atitudes: Comportamento ilógico ou sem normalidade; Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida; Nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios/digestivos; Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos; Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às modificações, insegurança, não colaboração, etc.

Agora fico pensando como cada um pode continuar a se motivar, seria possivel a auto-motivação? sendo que é necessário o outro para ser estimulado, ou ser um egocentrico que se auto-elogia e acredita que tudo o que ele faz é lindo e importante, não conheci ninguém assim, por menor que seja o estimulo do outro, pois o homem se dá na relação, há uma recompensa para que o comportamento seja repetido ou não. Na relação, a frustração existe, para que ocorrar ela, é necessário o outro, é necessário parte de você mesmo, é necessário a sua expectativa com relação a, o seu desejo e o seu querer.

Uma pessoa me falou a seguinte frase, após eu ter falado sobre um plano que estava crescendo em minha mente: que se fosse fazer qualquer atividade com qualquer outra pessoa era necessário continuidade, caso contrário geraria raiva, frustração. Fiquei pensando bastante nisso, e se eu seguisse esse pensamento por toda minha vida, eu deixaria de fazer qualquer coisa, pois é duro ser alvo de raiva. Porém, depois de muito refletir, acredito que pior do que ter tentado e de não ter dado certo, é não ter tentando com o medo de errar, de não ter continuidade, é o medo de não seguir em frente.
Não posso ignorar os "mandamentos de Maslow", mas posso questioná-lo, como a questão de que há pessoas que não tem nada e continuam se seguindo, e a motivação está em algum lugar. Sendo que pessoas que tem quase todas as etapas e vivem a reclamar da vida.
Auto-realização, Auto-estima Sociais, Segurança, Fisiológicas. No fundo é: consigo sobreviver com isso? Sinto-me seguro com relação ao futuro? Tenho algum reconhecimento social? nem que seja aqueles que usufruem de minha companhia? Teria mais?
Quantas vezes, olhamos para o caminho que temos que andar e não reclamamos: "que preguiça!". Não há motivação para aquela ação, se não tem a motivação para aquela ação, então esteja na hora de procurar algo ou alguém que possa te motivar a continuar a fazer o que se deve fazer, não no sentido robotico, mas no sentido humano, nas possibilidades diversas de ser.
Entender que o outro também precisa disso, e caso você não possa dar, pelo menos indique alguém que você acredite que possa.

Próxima pergunta seria: Por que é tão dificil motivar e ser motivado?

mas isso é para um proximo texto ou para qualquer um que queira escrever


sexta-feira, 1 de julho de 2011

minha mente voa

Não sei mais o que fazer

por mais que eu tente não consigo te entender

e dizem que não

não preciso, mas não é o que eu sinto

não consigo tirar você de mim


Minha mente voa

Do que adianta entender

se não consigo viver?

Das coisas que tenho que fazer

em nenhum delas

faço sem lembrar você


Por vezes, eu te odeio, por vezes, não

por você não querer compreender a situação

por não dar uma chance para a vida desenrolar

de achar que sabe o que não


Quando penso ter te superado

sua imagem desgruda da sombra

e clareia minha mente

Eu fecho os olhos para não entrar a luz

porém sua luz domina

me ofusca e me confunde.