segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Choque entre dois mundos...

Foi uma semana intensa... melhor dizendo, foi um semestre intenso... algo em mim está querendo sair, me causando incomodo na garganta... e tusso.. nada.

Fico refletindo sobre o que ocorreram nestes últimos tempos, tentando pensar em uma palavra que sintetizasse tudo o que vivi... um diagnostico para que posso me confortar com aquilo, mesmo que restrito... nada me veio se não: Puta que pariu... mas que raios de diagnostico é esse?

Tudo começou num churrasco, de uma brincadeira sem pretensão, simulando lutas de Street fighter, Dragon Ball, “Yougui Yougui” (rs). No churrasco seguinte, veio a ilustre pessoa assim: “Gente! Gente! In off heim?! Essa é a coreografia deste ano! Saca só!!” Ele saca uma camisa com a foto de Martin Luther King Jr. com a famosa frase: “I have a dream”. Este foi o momento crucial, vai ou fica? Até então tudo muito confuso.

Qual era o sonho afinal? A união de dois mundos diferentes? A aproximação física entre a Santana (“Granja Viana”) com a Club? Dos irmãos? O que poderia sair disso tudo? Dois estilos diferentes, dois mundos diferentes... sempre que dois diferentes se encontram, necessariamente há um choque, com confronto, um conflito, uma mudança de mundo. Como lidar com o conflito entre o ideal com o real?

Meu corpo doí inteiro, por inteiro, por movimentos não acostumados, algo que a carne me mostra na pele a vida. Meu corpo não obedece, a raiva e a angustia sobressaem da calma, Hadou-ken! O Hadou-ken, para além da destruição, é a harmonização com o ambiente e a liberação da energia estancada.

Com os nervos aflorados, tudo fica confuso, braços, pernas, cabeça, dedos e pensamentos, muitas vezes, nos penalizando por não ter feito o que sabe ou não conseguir fazer o movimento... assim como seria fantástico sair do chão num pulo e voltar na parada... mas isso estava para além de mim, neste momento, no tempo que nos restava.

União de duas partes, Yin e o Yang, Irmão e Irmã, Club e Santana. Este foi o ponto que comecei a pensar sobre tudo isso, depois de algumas conversas. Como juntar tudo isso e como transformar isso em algo tão harmonioso como o TAO? Se a própria Santana, não será Santana, mas Granja Viana? Como encontrar uma identidade para essas duas que também englobassem aqueles que não participam mais de nenhum, nem outra? Primeiramente, encontrar um nome novo, algo que nos identifiquem, fiquei pensando em Club Santana, já que fui da Club e está em ordem alfabética, porém havia uma centelha que me incomodava... que nome mais feio... olhando pensei, então porque não “Santa Club”. O que de alguma forma me remete as Tartarugas Ninjas (Santa tartarugas) ou Batman anos 70 (Santas barbatanas Batman o que faremos?) além das conversas sobre Karma após ensaios.

A dança e o Karma positivo. Em muitos momentos, pensei em parar tudo, descer do trem, meu corpo falava para parar, mas, ao mesmo tempo, tinha aquela vontade de seguir em frente para sei lá onde. Estar com pessoas grandes ao meu lado, e aprender com cada um, não tem preço.

Não realizar o ideal não significa não realizar o real, o ideal sempre está ai, para ser almejado e lutado, pois somente assim podemos evoluir, mas quando está na carne, a vontade é de mandar tudo a merda... e nesses momentos que me percebia pequeno e ali comecei a desejar ser grande como todos aqueles que estavam ao meu lado. E puta que pariu como é difícil tudo isso!!

Eu tive um sonho David continuou... o sonho da união de dois mundos?

Mas nada teria acontecido, se não escutasse: “Gente! Gente! In off heim?! Essa é a coreografia deste ano! Saca só!!”

"I have a Dream", sonho está agora na realização, o sonho se concretizou e terá seu apice no sabado.

Agora é botar para quebrar e detonar na quadra!!!!



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O telefone que toca...

O que fazer com esta energia
que vai e vem como uma onda do mar?
Energia que trava minha mandibula?...
O que fazer?

Durante muito tempo acreditei
que o melhor a fazer era engolir
HOje, não consigo mais
Se eu engolir, me sinto nauseado
e tudo volta...

Como transformar essa energia destrutiva
em algo positivo?
Como transformar os pensamentos catastróficos
em algo criativo?

Energia que vem de um telefone ocupado
De quando toca e ninguém atende
Quando o silêncio não dá resposta
Nem um eco, nem um som
Fico perdido no vazio Inomeável

Enquanto esta tosse me mata aos poucos
A cada telefonema parte de mim desanima
Parte de mim não quer mais continuar a ligar
Para não frustar mais...

Mas estou ligado e não consigo desligar
O que fazer então para que o telefone toque o seu coração??