terça-feira, 16 de novembro de 2010

De volta ao passado

Hoje, comecei a reaver as ligações, as identificações que tenho em relação ao meu pai. Isso trouxe outras questões que de alguma maneira eu tinha enterrado.
Tenho que falar de um dos maiores icones do meu tempo. Kurt Cobain. Faz anos que ele faleceu, mas ainda lembro como se fosse ontem o primeiro cd que eu comprei deles, ainda desconhecido "BLEACH". As musicas entravam em meus ouvidos e fazia muito sentido apesar de não entender as letras. Seguido da musica "Smell like teen spirit" e "Drain you" era o extase das musicas.
Nesse momento, já conseguia entender um pouco melhor as letras, também estava acontecendo o inicio da internet, esperar dar a linha e finalmente entrar e esperar um ano para conseguir abri o browser do altavista.
Não tenho como não dizer que a musica "smell like teen spirit" falava de certa forma de mim, Kurt era um icone, na época era como heroi, aquele que conseguia falar tudo o que eu queria e não conseguia. A raiva contida em suas musicas, a angustia adolescente, a agressividade colocada para fora, preenchia um tipo de vazio.
Depois de um tempo, comecei a perceber que tinha muitas coisas que eu me identificava com.
Do outro lado, tinha outras bandas também importantes, assim como Guns n Roses, Pearl Jam, Skid Row etc.
Nesse momento, foco em Nirvana.
Até que um dia, estava passeando com minha familia no Shopping Eldorado, meu irmão virou para mim e disse: Cara, Cobain se matou...
Ali, muita coisa mudou, ainda com 13-14 anos de idade, não conseguia compreender. Meu icone, meu heroi, meu idolo, havia desistido... não chorei, nem lamentei, na real, eu não conseguia compreender aquilo, parecia uma piada de mau gosto. Desde então deixei o Nirvana de lado, e hoje, resolvi voltar a escutar os cds... Saudades dos tempos idos... a maldição de Cobain?? Heroina. Nome curioso, pois de heroico não tinha nada.

Desse momento, comecei a achar tudo uma merda, que o que ele escrevia não tinha mais nada comigo, porém ainda tem, e isso faz sentido agora. Mesmo as minhas musicas tem muita influência deles.

O que eu posso dizer antes de finalizar é que eu me encontro com o que ele diz... de alguma maneira.


Boa semana

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Pizza, Norah Jones e Macarrão

Esse foi o meu feriado...

Preparar a massa da pizza, é como preparar-se para as novas coisas, sem saber muito no que vai dar, amassar e misturar a farinha, ovo e leite, com um pouco de fermento. A reação quimica faz com que ela cresça e propicie o alimento... A massa que foi receiada e dividida por todos.

Norah Jones, show tumultuado, muitas pessoas que estavam lá, estavam para estragar, pois não tinham ideia de quem era Norah Jones. Com gritos de toca Raul e pessoas falando ao mesmo tempo que ela cantava. Ainda bem que ela não escutava, pois sentiria desrespeitada.
Com seu trejeito nova Iorquino, timida, ela fez um belo show de Jazz, nada mais do que o esperado que ela fizesse. Porém os tecnicos de som, deixaram a desejar, com falhas nas caixas. Entendo o porque que as pessoas pagam uma nota para assistir tais shows, uma vez que, nele grande parte realmente gosta do tipo de som e não vai por necessidade de fazer media com alguem;

Macarrão, depois de muito tempo, consegui fazê-lo, depois de quebrar 6 ovos e misturar com mais ou menos meio quilo de farinha. Precisei fazer bastante força, até minha mãe lembrar que meu avo pisava na massa. Great!! coloquei dentro de um saco e embrulhei com um pano em volta e comecei a pisar e pisar, pisar... totalmente diferente da massa de pizza.
Depois abri a massa, abri, abri, abri... pr fim cortei e colocaram para ferver.

Apesar do branco da mente, pude fazer bastante coisa, mexendo o corpo de outras maneira, mas agora acabei de voltar da corrida... apenas 4 km, terei que começar tudo novamente... mas o que está acontecendo que não estou conseguindo... só me resta um de meus versos... "não adianta correr de um coração partido.... com um coração partido", mas do que?

Tenho a semana para pensar :)

fico por aqui

ups faltou a vela que nós fizemos...


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Em Branco

Esse é o momento de minha vida:
Não que as coisas estejam passando em branco, muito pelo contrário, acredito que estou muito mais na vida que antes.
Porém minha mente está em branco... não tenho nada para desenhar, não consigo mais escrever ou compor musica.
Inicialmente pensei, que bom, pelo menos tenho paz das minhas proprias questões, porém as questões continuaram e continuam, porém a criatividade está travada.
Depois pensei: bom, acho que estou no caminho, pois os budistas dizem para limpar a cabeça, porém, não vem as respostas; os analistas diriam que seria uma defesa muito grande com relação ao assunto em questão e isso me assusta de uma certa maneira.
Não parando por ai, penso que de alguma maneira, tenho me esvaziado de muitas coisas, que estavam presas em algum lugar, isso também limpa para ter outras questões e respostas, outras maneiras de se comportar, outras possibilidades. Estamos acostumados a nos manter no terreno seguro...

A questão que está relacionada neste momento, é uma parte do que se manifesta, sendo que a solidão é o vazio, o branco. Momento, propicio tambem para pintar algo novo e criar em cima desta nova tela branca que se criou e abrindo novas possibilidades...

Estar em branco é a possibilidade também de olhar para dentro de outra maneira e para o mundo, apesar do assustador branco da mente.


domingo, 7 de novembro de 2010

Fluir.. fluindo...

Algo novo está começando a se manifestar dentro de mim, algo que ainda não compreendo e tudo o que não compreendo me assusta... seria o medo do novo? Já que o velho ano está acabando?
Coisas vem pelo corpo, como: dificuldade de correr novamente, vontade de chorar, peito apertado, falta de ar, dificuldade de respiração... tudo isso soa tristeza, mas do que? Num momento, aparentemente bom novamente, com alguns projetos, com a dança, com a psico, com o video, comigo...

No sabado, eu queria sair para dançar, ir a um barzinho com banda e dançar, esquecer o mundo, tampar o sons do corpo com o som alto da banda. Estar comigo e com a musica.
De alguma forma, consegui dançar, no proprio sabado, dancei bastante, para ser mais exato das 10:30 às 16... foi formidável, treinei todos os passos da coreografia do Street. Cheguei em casa e desmaiei, fantástico! É algo que sinto falta da época que estive em Londres, lá eu saia, pelo menos, uma vez por semana, para dançar e não pagava nada para isso.

Hoje, pensei em ir ao Parque do Ibirapuera, mas acabei não saindo do ponto de onibus. Fiquei uma hora esperando e nada do Onibus, fiquei realmente puto, decidi então ficar no parque perto de casa mesmo. A ideia era ir a Bienal, mas não foi possivel. Tirei um cochilo dentro do parque, rodeado de árvores, junto do isolamento do som da rua movimentada.
Tentei meditar, mas não estou conseguindo no momento, mas foi relaxante, e extremamente dificil de voltar para casa, devido ao barulho, movimento, cores e odores.

O mal estar ainda me acompanha, não sei muito bem o que fazer, por hora, estou deixando ele seguir seu rumo. Uma hora o sentido aparece e assim, poderei seguir em frente novamente.

bom inicio de semana.