quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Um convite para o que ocorreu entre quatro paredes, um papel e uma caneta

Essas velas seriam brancas, com excessão a redonda, porém ambas ficaram amarelas, o que é mais interessante. Acredito que seja pela cor da chama da vela.
Esses dias eu deixei para fazer de cartão de natal, então as palavras me vieram de forma obscuras, surgindo do fundo de minha alma de maneira inexplicavel, o poema me soou pesado, mas mesmo assim mandei, pois ele saiu desta forma e não tem como mudar.
O poema fala sobre a chama da vela que nos hipnotiza, nos leva para outros lugares que não aqueles que estamos acostumados a frequentar e muitas vezes isso assusta até os mais corajosos, pois muitas vezes perdemos controle e ficamos mais perto de nossa própria loucura.
Por algum motivo mudei um pouco o final do poema, talvez porque também temia a minha própria queda nessa insanidade, mas acredito que assim temos que enfrentar, na medida do possivel nossos demonios internos para que possamos lutar na vida e mudar a realidade na qual vivemos, não na perspectiva do "louco" que está nos "manicomios", mas lutar para mudar, saber que temos muito o que fazer e que depende de cada um seguir em frente e trocar de lugar. Se abrir a cada experiencia nova, mas logo depois se fechar para poder entender o que se passou, pois somente assim iremos entender este mundo imensamente grande que nos ameaça, que nos deixa apenas a impotencia de não poder fazer nada, e muito pelo contrário, temos muito o que fazer, e o que nos falta é coragem.
Coragem de assumir a nossa aniquilação. Têm momentos que me imagino como nos romances de samurais. Estou frente a frente do perigo com uma espada na mão pronta para dar um golpe, a cada golpe que dou a cada golpe que recebo, aprendo um novo movimento, não tem movimento repetido.
Assim posso me aprimorar por toda vida e quando isso terminar poderia partir e chegar a completude. Para isso tenho que viver e colocar todos os meus aprendizados em prática, criar novas alternativas, pois a vida é uma metamorfose ambulante, assim como diria Raul Seixas, e por isso a cada momento que estou empunhando uma espada e lutando. Sento com medo, pois posso perecer naquela batalha, naquela alucinação que a chama me trouxe, nas imagens que formam o meu ser.

Nenhum comentário: