quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A balança do fim de ano

Estamos chegando ao final deste ano, ano de 2008. Por algum motivo, o final do ano sempre é um momento de grandes reflexões, o natal está proximo, a mudança de ano, que ocorre apenas na passagem de Dezembro para Janeiro e não quando se comemora o proprio nascimento.
Esse ano, descobri o verdadeiro significado de inferno astral... momento que tudo o que aconteceu no mundo externo invade o interno. É inevitável a refletixão, ainda mais, dependendo da época da vida, as reflexões parecem mais intensas. Além disso, como nós não temos o costume de finalizar o ano quando comemoramos o proprio nascimento, o fim do ano vem carregado de sentimos que não foi permitido por nós mesmos a senti-los.
Estranhos nós na garganta, um sentimento estranho de que acabou, mas tem muita coisa pela frente.
Neste momento de reflexão, comecei a ler um livro provocador, "Cem anos de psicoterapia... e o mundo está cada vez pior", ele me faz reflexões sobre a minha atuação no mundo, justamente por ser uma pessoa "formada". Curioso pensar nesta palavra, como se a faculdade nos moldasse para a sociedade e não o oposto.
Outros livros foram importantes este ano, um deles foi: "João de Ferro" de Robert Bly, outro livro que me fez refletir sobre a minha vida como um todo.
Voltando a questão do fim de ano, esse está com ar mais melancólico que os anteriores, pois nos anteriores, eu tinha algum certeza, já nesse, não tenho nenhuma, não sei o que será de mim o ano que vem. Aliás faltam apenas 21 dias, não tenho promessas para fazer, não tenho um plano de carreira, sei o que quero para dois anos, mas vejo pessoas pensando em cinco, seis anos, é muita coisa, e tudo muda muito rápido.
Seria esse um sinal de que eu deve me estabilizar, ou justamente por não ter nada certo, devo seguir os planos sem terras, sem lares, sem conexões fortes o suficiente para estacionar e olhar para o horizonte, respirar fundo e deixar o ar sair?
Quando penso nessa falta de conexão que eu sinto, lembro do filme, "Na natureza Selvagem", que nada prendia o protagonista, porém a realidade se impôs e ele não teve forças para lutar contra.
Qualquer plano tem esse risco, o problema é saber de antemão quais são os riscos reais... pensando melhor, percebo que tudo pode ter o lado negro, aquele que nos afasta de nossos sonhos, por mais doidos que sejam, tem um motivo para ser, assim como em "Peixe grande" o protagonista sabia sua morte, com isso, não temia morrer, pois sabia como seria. Fico pensando, teria a vida graça se fosse assim?
Respondo que não faço ideia, acredito que temos que seguir a intuição, seja lá o que isso signifique, ela é importante e nos guia para lugares fantasticos, mas por vezes, ela falha, então cuidado com ela...
Tudo isso, por causa do fim de ano ... :)

Boa semana

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