sábado, 6 de agosto de 2011

Como? Eu só tenho que ficar sentado?

Mais uma vez, fui pego por mim mesmo.

Estava passando por uma fase boa de minha vida, as questões tinham sessado, porém resolvi entrar nesses sites de misticismo. Cadastrando-me num "serviço" gratuito de leitura astral. Àqueles que me perguntarem se eu acredito, temo responder que não, porém tenho fascínio sobre o assunto, justamente por não entendê-lo.

Nisso, logo recebo um e-mail falando sobre o acesso. Segundo e-mail, diz que estou para ter uma mudança na vida e precisava agir com rapidez e como eu tinha pedido a ajuda da pessoa ela estava focada em mim, porém precisava de uma doação de 2 euros, até ai, estava achando graça. Na minha visão, a vida nunca para até o momento que morremos, porém tem momentos de estanque, como se fosse necessário tomar folego, levantar a cabeça para seguir o seu caminho. Assim como os peixes que pulam para fora d'água.

Voltando um pouco para a historia, então começaram os avisos de "desastres" de que eu não conseguiria fazer sozinho etc... então, eu comecei a ficar para baixo com todas aquelas informações e tentando digerir. No fundo estava sendo esvaziado de mim mesmo... ela tirava toda a minha responsabilidade de ser eu mesmo, na minha potencia ou não e se colocando como alguém muitos mais capacitada do que eu mesmo com relação a minha vida.

Comecei a entender que o que estava acontecendo naquele momento é que ela estava me diminuindo e com isso a estima também estava indo com ela sem eu perceber... Como se eu não fosse a minha vida... que trágico isso, então fiz um atendimento que eu não gostei, e fiquei pensando o que estava acontecendo, e refleti que talvez eu tenha atuado nesse sentido também... para além disso, sempre considerei o pensamento Budista que é: "se não for para um crescimento do outro, então melhor não falar" e começo a pensar o que leva o crescimento e o que não leva. Falar simplesmente para uma pessoa que ela precisa de ajuda, nem sempre é uma solução e insistir que ela precisa de ajuda e não é capaz de resolver por si mesma, creio que é ainda pior. Basta refletirmos, quantas vezes aceitamos a opinião alheia quando estamos para baixo? Somos sempre donos de nossas verdades, por mais que estejam erradas... porém, é preciso também um pouco de humildade, para pelo menos escutar o que o outro está falando e ver se é ou não.

Na atitude da pessoa que me mandou os emails e na minha, que eu suponho ter feito, o que não condiz muito, mas acho que isso é possível, pois na relação alguns aspectos são acionados sem muita precisão. Me esqueci de devolver o que era próprio da pessoa, ela mesma.

Fica a pergunta, quantas vezes, não fazemos isso por dia? Se fazemos com o outro e/ou com nós mesmo? O quanto deixamos o outro dizer que não pertencemos a nossa existência e que não temos a energia para continuar o nosso caminho. Certo que acredito em inconsciente, mas nem por isso deixamos de fazer o melhor, desde que assumimos os nossos atos.

A partir do momento que começamos a culpar o outro pelo o que a gente faz ou deixa de fazer, é porque tem um sinal de que uma ajuda pode ser necessária, ou quando a vida te paralisa.

Não me encontrava em nenhuma dessas situações, e disso tirei que, a pior coisa que pode acontecer a um ser humano é alguém lhe tirar a potencia de ser quem é e como se é. E o maior presente é devolver a ele suas potencias seja conhecidas ou não.

Como fazer isso é um longo caminho de não saberes.

Deixo aqui mais uma reflexão... ainda crua... mas presente


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