Já tinha passado de seus trinta anos, olhava para o espelho. Custava a entender como ele chegara até aquele ponto daquela forma. Ele era uma ilha isolada... na verdade, filosoficamente, não tem como ser uma ilha isolada no mundo.
Ele sempre aparecia na vida das pessoas, assim como aparecia, desaparecia. Intocável. Até para ele mesmo.
Aos olhos ingenuos de quem olha de fora, ele seria um bom samaritano, porém, para aqueles que o conheciam bem, era alguém que evitava contato, apesar de sempre estar lá da maneira dele.
Nesse dia, ele olhava com pesar nos olhos, sua vida correra e ele envelhecerá, mais do que amadurecera. Pelo menos era assim que sentia.
Não conseguia compreender o motivo de se sentir assim, por mais que pensasse não vinha em sua mente, além uma bela de uma masturbação mental que não o levava a lugar nenhum.
Um dia, ele pegou um livro para ler, e se identificou com a personagem, não pelo passado, mas pelas atitudes que ela tomava. De aparecer somente quando tinha vontade, de não se relacionar profundamente com ninguém, e isso começou a incomodá-lo de uma maneira, que começou a ocupar uma grande parte de sua vida.
Um voz zunia em sua cabeça, lhe informando que estava no caminho certo, mas que precisava apenas fechar os olhos, porém ele não os fechavamos não antes de estar tão cansado do sono, que provavelmente não lembraria da resposta se viesse em sonho.
Dia após dia, ele voltava para o espelho, até que uma cor de lembrança lhe veio... estranhou e ficou olhando para todos os lados para saber de onde tinha vindo aquela cor, mas percebeu que não tinha nada daquela cor, resolveu esquecer daquilo.
Os dias se passavam de mudava os sentidos, oras, sons, oras cheiro, oras sabor, oras cor, oras tanto, mas nunca fechava a gestalt pois ele nunca simplesmente fechara os olhos, assim como gritava a sua intuição.
Até que um dia, estava com uma amiga e ela pediu para que ele fechasse os olhos, pois tinha alguma coisa em seus silios.
Nesse momento mundo se refez e uma imagem se fez em sua mente, e as lágrimas brotaram de algum lugar que ele não sabia, a fonte sempre fora seca. A amiga se assustou e perguntou se ela tinha o machucado, porém respondeu com um gesto que não. Ela então o abraçou e as lembranças dele menor sendo regeitado pelo seu melhor amigo por um preconceito besta dos pais do mesmo.
As lagrimas foram se secando e seu coração acalmando nos braços de sua amiga. E assim escureceu, levado para sua casa pela amiga.
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