Mais uma vez, fui pego por mim mesmo.
Estava passando por uma fase boa de minha vida, as questões tinham sessado, porém resolvi entrar nesses sites de misticismo. Cadastrando-me num "serviço" gratuito de leitura astral. Àqueles que me perguntarem se eu acredito, temo responder que não, porém tenho fascínio sobre o assunto, justamente por não entendê-lo.
Nisso, logo recebo um e-mail falando sobre o acesso. Segundo e-mail, diz que estou para ter uma mudança na vida e precisava agir com rapidez e como eu tinha pedido a ajuda da pessoa ela estava focada em mim, porém precisava de uma doação de 2 euros, até ai, estava achando graça. Na minha visão, a vida nunca para até o momento que morremos, porém tem momentos de estanque, como se fosse necessário tomar folego, levantar a cabeça para seguir o seu caminho. Assim como os peixes que pulam para fora d'água.
Voltando um pouco para a historia, então começaram os avisos de "desastres" de que eu não conseguiria fazer sozinho etc... então, eu comecei a ficar para baixo com todas aquelas informações e tentando digerir. No fundo estava sendo esvaziado de mim mesmo... ela tirava toda a minha responsabilidade de ser eu mesmo, na minha potencia ou não e se colocando como alguém muitos mais capacitada do que eu mesmo com relação a minha vida.
Comecei a entender que o que estava acontecendo naquele momento é que ela estava me diminuindo e com isso a estima também estava indo com ela sem eu perceber... Como se eu não fosse a minha vida... que trágico isso, então fiz um atendimento que eu não gostei, e fiquei pensando o que estava acontecendo, e refleti que talvez eu tenha atuado nesse sentido também... para além disso, sempre considerei o pensamento Budista que é: "se não for para um crescimento do outro, então melhor não falar" e começo a pensar o que leva o crescimento e o que não leva. Falar simplesmente para uma pessoa que ela precisa de ajuda, nem sempre é uma solução e insistir que ela precisa de ajuda e não é capaz de resolver por si mesma, creio que é ainda pior. Basta refletirmos, quantas vezes aceitamos a opinião alheia quando estamos para baixo? Somos sempre donos de nossas verdades, por mais que estejam erradas... porém, é preciso também um pouco de humildade, para pelo menos escutar o que o outro está falando e ver se é ou não.
Na atitude da pessoa que me mandou os emails e na minha, que eu suponho ter feito, o que não condiz muito, mas acho que isso é possível, pois na relação alguns aspectos são acionados sem muita precisão. Me esqueci de devolver o que era próprio da pessoa, ela mesma.
Fica a pergunta, quantas vezes, não fazemos isso por dia? Se fazemos com o outro e/ou com nós mesmo? O quanto deixamos o outro dizer que não pertencemos a nossa existência e que não temos a energia para continuar o nosso caminho. Certo que acredito em inconsciente, mas nem por isso deixamos de fazer o melhor, desde que assumimos os nossos atos.
A partir do momento que começamos a culpar o outro pelo o que a gente faz ou deixa de fazer, é porque tem um sinal de que uma ajuda pode ser necessária, ou quando a vida te paralisa.
Não me encontrava em nenhuma dessas situações, e disso tirei que, a pior coisa que pode acontecer a um ser humano é alguém lhe tirar a potencia de ser quem é e como se é. E o maior presente é devolver a ele suas potencias seja conhecidas ou não.
Como fazer isso é um longo caminho de não saberes.
Deixo aqui mais uma reflexão... ainda crua... mas presente
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