segunda-feira, 7 de março de 2016

Direito de Adolescer.

Direito de adolescer!

       Qual o valor da vida? Quantas vidas passaram por seus olhos e ouvidos? Quantas você cuidou? Quantas cuidará? Quantas você perderá? Até você se movimentar? Qual é o tempo necessário para as pessoas entrarem em contato com a finitude e começar a cuidar?
        Adolescência. Quem viveu sabe! É uma fase difícil da vida. Uma fase que perdemos tudo! Nos transformamos e necessitamos de um lugar, de encontros com iguais a nós! Mesmo que esses iguais não sejam uma projeção positiva. Perde-se a noção do corpo, da força, da criancice, da ingenuidade da vida. Quando se tem a terra do nunca, se é jogado para fora dela. O ser mutante que se mostra está tão assustado com as suas próprias potências que se esconde atrás das coisas. Porém, os mutantes são caçados e forçados a serem transformados em humanos normais. Porém alguns deles simplesmente não são capturados, se rebelam. Esse ato, não tem classe social nem nada, não tem etnias, simplesmente eles tentam experimentar o limite de si mesmo, nessas, perdem a vida…
        Não falo de acidente fatal, apesar de qualquer morte parecer um acidente fatal. Algumas das mortes não são acidentes, mas são fatais… são fatalidades! São atos frios, atos vazios, atos tristes que derramam a vermelhidão da vida. Como se aquele ali estirado no chão não tivesse uma vida, uma visão de mundo, uma proposta ou mesmo apenas vivendo por viver.
        O fio das moiras são cortados sem culpa… culpa importante para nos levar para lugares de cuidado… sem culpa… vemos noticiários na televisão: “mais um adolescente é encontrado morto”. Dois pensamentos brotam. “deve ter feito algo de ruim”, “menos um”. Entre outros pensamentos, violentamos os mortos, não os respeitamos. Mas isso não é tudo, pois quando a morte não é valorizada, a vida também não é.
        O Brasil é vice-campeão! Um título para comemorar, não?! Seria se não fosse no ranking de países que mais assassinam seus adolescentes. Um título triste que entristece a todos que trabalham com prevenção da violência. Pois a violência, nos parece que só, está fora da gente… e quando ela vive apenas fora, violentamos a todos ao nosso lado… pois a nossa mesmo é ignorada.
        Não é novidade, pelo menos assim se espera, que o Brasil não é uma sociedade tão pacífica o quanto tenta-se vender por ai. Enquanto não se olha para essa verdade, as violências continuarão. Não é só a polícia violentando os alunos das escolas públicas ou os frequentadores de Medidas sócio-educativas ou pais que batem em filhos entre outras violências contra criança e adolescentes, mas também fechar os olhos para tudo isso, é a mesma coisa que se orgulhar do título de vice-campeão de assassinatos de adolescentes do mundo.

       A questão que fica é: O que você fará a seguir?  

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Reunião...

Era mais um dia de reunião, nada demais como os anteriores. Dentro de sua ansiedade consumista de sua energia, já se encontrava sentado há 5 minutos na mesa de reunião. Porém ainda faltavam 15 minutos para começar, mas sua ansiedade estava controlada. Eram momentos de crise financeira mundial. Todos estavam apreensivos naquele momento. Ele havia lido em algum lugar que crises como essas podiam gerar depressão nas pessoas, com isso, rejeitavam antidepressivos a torta e a direita. A cada dia, eram fórmulas e mais fórmulas mágicas para se tornar a rico e feliz. Prateleiras cheias nas livrarias dizendo com os ficar rico em 15 segundos. Aquela reunião tinha o intuito de alavancar a empresa, deixando todos os males para trás. No e-mail dizia sobre a força do querer. A promessa era que os participantes sairiam diferentes dela. Se fosse um livro, a reunião seria um de autoajuda. Essa era a sua maior motivação para estar presente. Sentado, vestia a sua máscara preferida, a da calma. As pessoas foram chegando e aos poucos os lugares foram ocupados, em torno da mesa oval. Ele sentara mais ou menos no meio dela. Viu a Claudia, o Antônio, o cara de TI que ele nunca sabia o nome. Seu gerente, o presidente da empresa chegando. Aquela reunião prometia ser grande. Haviam ainda algumas cadeiras vazias, inclusive aquelas que ele não conseguia ver sem virar. A reunião começou. O presidente falou e depois seu gerente. Na sua fala entrou outras pessoas que ocuparam os lugares restantes e dentre elas, uma em especial lhe chamou a atenção. Era muito bela. Vestia um vestido vermelho chamativo. Sentou-se bem na ponta da mesa. Eu a segui por todo o caminho, da porta à cadeira. Mas ninguém pareceu se dar conta. Focou, pois precisava focar, aquela reunião prometia ser muito boa. Realmente estava excelente, era tudo o que ele precisava. Todos faziam perguntas, menos aquela mulher misteriosa. Não sabia dizer o que estava acontecendo. Por mais um tempo a reunião se entremeou por caminhos árduos, mas sempre na visão do palestrante havia uma saída simples e lucrativa. Por um reflexo, ele tornou a olhar para a moça... porém, ela não se encontrava mais lá. Teria ela saído? Pensou. Fechou os olhos para tentar buscar em sua memória qualquer resquício. Não havia. Olhou de novo e lá estava ela com aquele visual estonteante. Ficou intrigado. A reunião terminou e novamente a moça saiu antes de todos. Ele correu para trocar algumas palavras e nada. Ela não estava em lugar nenhum. Será que ela era uma peça de sua mente fértil? Passou a se questionar pelo resto de sua vida.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Como saber qual é o limite próprio?
Aquele que você sente?
Ou aquele que os outros olham em você e você não tem ideia de onde é esse limite?

quarta-feira, 23 de abril de 2014

É, a vida é fragil... um descuido...
Saber valorizar as pessoas é algo dificil...
Saber dar o que deve ser dado, mais dificil ainda...
pois no fundo...
A vida é rara e bela para fugirmos de nós mesmos,
Justificando-se com ideias obtusas e restritas de uma visão nebulosa da vida pelo prisma da dor...

quinta-feira, 17 de abril de 2014

É... a vida...
Ela tem um que misterioso que todos tentam descobrir...
Desvendar...
Porém ela se mostra incontrolável,
Apesar de todos tentarem controlá-la

É... a vida...
Por vezes, ela voa e os caminhos se mostram claros...
Por vezes, há apenas escuridão e obstáculos
Neblina...

A vida?
É para ser vivida e não escrita...
Então qual seria o motivo pelo qual se escreve tanto sobre ela?
A vida?
Ela é assim, vivendo, vivendo e aprendendo e desaprendendo

Parte da vida
Parte
Vida
Vida
Que parte

Assim...

domingo, 22 de dezembro de 2013

Que venha a vida!



O fim de ano é assim...
Olhamos para o que passamos e refletimos o que vivemos...
Limpamos a casa, jogamos fora os papeis acumulados
Guardamos fotos e lembranças
Deixamos os romances inacabados de lado
Erramos os acordes e as tonalidades para um afinar num novo tom
Tocamos as musicas que passaram por nossas vidas
Deixamos a tristeza e as alegrias,
Nem que por alguns segundos para trás
Porque no fundo um novo ano está para começar...
Todo começo é fim de algo.
Os fluidos sentimentos dançam
Nas pautas da vida, com suas pausas
Com seus fins.
É... fim de ano é assim.
Limpeza do que não cabe mais
Jogar fora o que ocupa para deixar entrar
Tudo aquilo que a vida vai nos proporcionar.
E que consigamos deixar entrar tudo o que estiver por vir!

Boas festas para quem comemora!
Para quem não... que venham os dias para se viver!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Meu ser está ai...
Procurando por coisas que os olhos não veem.
No vazio dos espaços ainda não ocupados
De uma alma alerta na esperança
De um novo amanhecer
Do desabrochar das mais belas flores na primavera
Minhas pupilas estão vazias
Da minha agitação infantil de conhecer o mundo

Meu ser está cheio...
Dos medos recorrentes da minha senil história
de desaventos da vida.
O que procuro não tem nome, cor ou forma...
O que eu procuro se apresenta.
Na simples presença
Na presença que não consigo esquecer.

Paulo Tiago Akio Ogura.